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Falsa Liberdade

Joseph Sheppard

É muito revelador descobrir o que a busca do homem moderno por “liberdade” ou direitos humanos alcançou. Finalmente chegamos à utopia na Terra. Nós estabelecemos uma sociedade na Europa e na América do Norte que dá liberdade a todos para praticamente fazerem o que quiserem. Em nosso “Céu” contemporâneo feito pelo homem na Terra, temos a liberdade de matar nossos próprios filhos antes do nascimento (e, em alguns casos, até aqueles que já estão parcialmente nascidos). Nós podemos acabar com essas crianças problemáticas cortando qualquer tipo de auxílio artificial para manter a vida, seja oxigênio ou um tubo de alimentação (eles são tão caros!)

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Um casal de lésbicas em Massachusetts
celebrando a decisão judicial
dando aos homossexuais o direito de se casarem

Temos a liberdade de nos envolver em qualquer tipo de “relacionamento” com qualquer pessoa, independentemente de ser moralmente degradante e insalubre. Libertamos milhões de nossos “amigos animais” de uma vida primitiva e fora da casa e lhes demos os privilégios das crianças. Temos liberdade de expressão, que passou a significar o direito de qualquer um ser tão extravagante e desbocado quanto desejar. Temos a liberdade de sermos “casados” quantas vezes quisermos e com alguém do mesmo sexo. Em suma, devido à sabedoria iluminada e compassiva do sistema judicial moderno, o homem pode cometer quase qualquer pecado concebível sem medo de repreensão, pelo menos nesta vida.

Na esfera religiosa, nos libertamos de toda intolerância, proclamando uma nova religião mundial. O crédito por esse avanço deve ser dado à liderança da Igreja nos últimos 50 anos. Essa nova religião mundial reconhece a legitimidade de todas as religiões, sua igualdade e contribuição para a comunidade. Os hindus são encorajados a se tornarem melhores hindus. Os budistas são encorajados a se tornarem melhores budistas. Existe uma exceção. Os católicos tradicionais são encorajados a se tornarem membros da nova religião mundial. É claro que o resultado desse novo acordo mundial em relação à crença resultará no fim de todas as guerras religiosas. Não obstante, a chamada Igreja Ortodoxa dificilmente pode ser considerada tolerante com os católicos. Tampouco há muito amor em relação aos cristãos por parte de nossos "irmãos" muçulmanos. Ah ... quanta liberdade! Quanta fraternidade! Quanta igualdade entre as religiões do mundo!

Como se pode ser tão cego para a verdadeira liberdade que perdemos e estamos perdendo? O homem simplesmente fez-se escravo de Satanás. Embora exija tolerância para todos, apenas o mal parece ser tolerado. É mantido o direito das bruxas de “rezar” em um fórum público, enquanto o monumento dos Dez Mandamentos [em Caspar, Wyoming] teve de ser removido. Não é coincidência que os tribunais estão proibindo as demonstrações públicas das Leis de Deus, pois os juízes e as leis favorecem a decadência moral. Uma sociedade cujas leis não são baseadas nas leis de Deus é uma sociedade má.

Um pouco antes do século XX, os padres Spirago e Clarke descreveram essa falsa noção de liberdade em O Catecismo Explicado:
"5. Os Mandamentos de Deus nunca privam os homens da verdadeira liberdade. Em vez disso, eles servem para torná-los independentes das criaturas. É o pecador que cai sob o jugo de uma servidão ignominiosa. 'Onde está o Espírito do Senhor, está a liberdade' (2 Coríntios 3:17). Além disso, a liberdade não consiste no direito de fazer o que quisermos, mas o que for permitido. Esta palavra é muito abusada nos dias atuais, muitos consideram que liberdade significa licença, e eles chamam tirania e despotismo a restrição que as leis impõem às suas más ações. Outros pensam que significa liberdade para eles mesmos e servidão para os outros. Por isso, muitas vezes encontramos os assim chamados liberais sendo mais intolerantes que quaisquer outros." (1)

(1) O Catecismo Explicado (Rockford, IL: TAN, 1993), p. 284.
De fato, liberdade hoje é definida como licença. O homem é livre para pecar e até mesmo em alguns casos é encorajado a fazer isso por nossos sistemas legais e judiciais. E, qualquer oposição a tal licença é rotulada de tirania. Por essa razão, tudo que nos lembra da lei de Deus e da verdadeira liberdade deve ser evitado. Também é verdade que hoje essa licença para muitos significa servidão.

Alguns membros da Hierarquia que continuam a se chamar católicos já se escravizaram ao sonho maçônico de uma falsa religião universal que tem Satanás como seu chefe espiritual. Muitos seguirão esses falsos pastores. Enquanto os juízes removem o Decálogo dos lugares públicos, esses Prelados apóstatas estão fazendo o mesmo de uma maneira mais sutil. Eles ignoram o primeiro mandamento de Deus e insultam publicamente Nossa Senhora. Eles buscam se libertar do que eles chamam de uma Igreja medieval anacrônica. Eles acreditam que tal libertação trará paz e liberdade a todos os homens.

Aqueles que amam a verdadeira liberdade, aqueles amigos da Cruz e escravos de Nossa Senhora, são chamados a ser santos nestes tempos de apostasia e impureza. Encerro com esta citação de São Luis de Montfort:
"'Coragem!, se Deus está conosco e nos guia, quem estará contra nós? Aquele que está em nós é mais forte do que aquele que está no mundo. O servo não é maior que seu senhor. Um momento de leve tribulação redunda em peso eterno de glória. Há menos eleitos do que se pensa. Só os corajosos e violentos arrebatam o céu de viva força. A coroa é dada somente àqueles que lutam legitimamente de acordo com o Evangelho, não segundo a moda do mundo. Combatamos pois vigorosamente e corramos depressa para alcançar a meta a fim de ganharmos a coroa.'” (2)

(2) St. Louis Marie Grignon de Montfort, Amigos da Cruz (Bay Shore, NY: Montfort Publications, 1950), pp. 9-10.
Postado em 14 de agosto de 2019


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