Mulheres e Homens em sociedade
Vulgaridade e distinção
na vida política do Ocidente
O Senado Romano marcou tão profundamente a imaginação de todos os povos que, até hoje, quando se deseja dar a uma assembleia um título que demonstre sua gravidade, sabedoria, força e nobreza, é chamada de Senado. Às vezes, os Papas dão ao Colégio Sagrado o nome de Senado da Igreja. Em muitos países, a Câmara Alta é chamada Senado. E os Pais Fundadores Americanos, para expressar o alto nível que pretendiam situar a mais ilustre das duas Casas do Congresso, deram o nome de Senado.
O que George Washington e seus contemporâneos diriam se vissem esse senador, à esquerda, um compatriota, de pé em um lugar de destaque em uma festa usando este capacete para chamar atenção? Eles veriam nele a realização da gravidade e nobreza dos antigos costumes Romanos?
É essa a atitude que corresponde à posição elevada de um cargo público que confere uma alta participação no poder civil, que, como todo poder civil, é de origem divina?
Mas, alguém dirá, os Estados Unidos são um país novo, e as coisas são naturalmente assim lá.
Isto é um erro. Em primeiro lugar, porque esse mal tem uma raiz universal, não apenas Americana. É a vulgarização dos homens, ideias e coisas que estão ocorrendo por causa do sufrágio universal. Obrigado a cortejar as massas para liderá-las, o político é tentado a se tornar seu escravo. Por isso, ele se torna vulgar para agradar as massas.
Em nosso país [Brasil], um candidato a deputado em uma campanha eleitoral em São Paulo, capital, arranjou um camelo com cartazes com seu nome para percorrer os bairros populares: é o tipo de publicidade para circos e palhaços. Mas, se se trata de vencer chamando a atenção das massas para si a todo custo, não são esses os processos mais diretos?
É verdade que o povo Americano é jovem, e o povo Brasileiro também. Mas este não é o problema. Os homens públicos que tínhamos quando éramos mais jovens não eram assim.
Ainda existem homens públicos que não são assim [este artigo foi escrito em 1955]. Vamos dar um exemplo dos Americanos. É o Sr. Dean Acheson, Secretário de Estado do governo de Truman. Não pretendemos analisar suas posições políticas aqui. Estamos considerando-o apenas como um cavalheiro. Que contraste digno ele faz com o pobre senador acima.
Nós o imaginamos aqui em quatro atitudes diferentes: canto superior esquerdo, pensativo ao analisar um problema; canto superior direito, rindo em um momento de relaxamento; canto inferior esquerdo, ouvindo atentamente um discurso ; canto inferior direito, estruturando algum plano de ação. Considerar apenas o homem como um cavalheiro: que inteligência, que força, que calma, que distinção. Ele é um homem de quem um Americano pode se orgulhar.
Mas, se colocássemos os dois homens - o senador e o Sr. Acheson - diante do povo em uma convenção política nos Estados Unidos e em qualquer outro país, quem teria mais chances de ganhar a popularidade demagógica e vulgar que hoje parece o melhor caminho para a vitória?
Insistimos: a causa dessa vulgarização de tantos ambientes, tantos costumes e gradualmente da própria civilização, em grande parte reside na adoração de números, expressa no sufrágio universal meramente quantitativo contra o qual tão bem falou os Santos Padres Pius IX e Pius XII.
Senador Americano
É essa a atitude que corresponde à posição elevada de um cargo público que confere uma alta participação no poder civil, que, como todo poder civil, é de origem divina?
Mas, alguém dirá, os Estados Unidos são um país novo, e as coisas são naturalmente assim lá.
Isto é um erro. Em primeiro lugar, porque esse mal tem uma raiz universal, não apenas Americana. É a vulgarização dos homens, ideias e coisas que estão ocorrendo por causa do sufrágio universal. Obrigado a cortejar as massas para liderá-las, o político é tentado a se tornar seu escravo. Por isso, ele se torna vulgar para agradar as massas.
Em nosso país [Brasil], um candidato a deputado em uma campanha eleitoral em São Paulo, capital, arranjou um camelo com cartazes com seu nome para percorrer os bairros populares: é o tipo de publicidade para circos e palhaços. Mas, se se trata de vencer chamando a atenção das massas para si a todo custo, não são esses os processos mais diretos?
É verdade que o povo Americano é jovem, e o povo Brasileiro também. Mas este não é o problema. Os homens públicos que tínhamos quando éramos mais jovens não eram assim.
Um homem deve representar a distinção de seu cargo em seu comportamento e vestuário pessoais
Nós o imaginamos aqui em quatro atitudes diferentes: canto superior esquerdo, pensativo ao analisar um problema; canto superior direito, rindo em um momento de relaxamento; canto inferior esquerdo, ouvindo atentamente um discurso ; canto inferior direito, estruturando algum plano de ação. Considerar apenas o homem como um cavalheiro: que inteligência, que força, que calma, que distinção. Ele é um homem de quem um Americano pode se orgulhar.
Mas, se colocássemos os dois homens - o senador e o Sr. Acheson - diante do povo em uma convenção política nos Estados Unidos e em qualquer outro país, quem teria mais chances de ganhar a popularidade demagógica e vulgar que hoje parece o melhor caminho para a vitória?
Insistimos: a causa dessa vulgarização de tantos ambientes, tantos costumes e gradualmente da própria civilização, em grande parte reside na adoração de números, expressa no sufrágio universal meramente quantitativo contra o qual tão bem falou os Santos Padres Pius IX e Pius XII.
Políticos modernos em trajes vulgares que atraem as massas
Catolicismo n. 50 - Fevereiro de 1955
Postado em 29 de novembro de 2019
Postado em 29 de novembro de 2019
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