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Sigmund Freud e a Moral Cristã

Prof. Ivan Rojas, M.D.
Sigmund Schlomo Freud nasceu a 6 de maio de 1856 na cidade de Freiberg in Mähren cidade próxima de Viena no grande Império Austro-Húngaro onde sempre viveu. Ele morreu a 23 de setembro de 1939 em Londres, cidade para onde se mudou em 1938 devido à perseguição nazista contra os judeus.

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Obsessão de Freud: a energia motriz da humanidade é sexual

Freud foi um homem muito inteligente que, como seus biógrafos revelam, tinha horror à Filosofia por considerar que tal disciplina desviava de seus estudos eminentemente “científicos.” Ele era um pensador típico do século XIX muito influenciado pela doutrina positivista e sua pretensa “cientificidade.”

Estudou medicina e especializou-se em Neurologia. Note-se que Freud nunca foi psicólogo ou psiquiatra, mas sim neurologista.

A partir de 1892 aproximadamente Freud se interessou pelos fenômenos clínicos da histeria feminina, uma doença muito comum em mulheres da sociedade européia de então.

A assim chamada “histeria de conversão” é uma doença que se manifesta por episódios de crises emocionais com desmaios, agitação corporal, batimentos cardíacos acelerados e choro compulsivo. É uma síndrome que afeta principalmente mulheres.

Uma doença feminina

A principio Sigmund Freud tentou uma nova técnica de tratamento utilizando-se da hipnose. Conseguiu algum resultado positivo no começo de suas experiências alcançando a melhora de algumas de suas pacientes. Mas logo ficou claro que a hipnose não era um método seguro, pois muitos sintomas nervosos voltavam. Além do fato de que nem todas as pessoas são suscetíveis a essa técnica, isto é, nem todas as pessoas são hipnotizáveis.

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Uma falsa solução para a histeria feminina

Assim, descontente com os seus resultados Freud tentou entendê-los mais a fundo desenvolvendo novas teorias a respeito das etiologias [origens] das doenças mentais, principalmente as neuroses. E é aqui que as coisas começaram a tomar uma dimensão que atinge a moral. Moral sim, pois aos poucos Freud estabeleceu que a origem das neuroses masculinas e femininas era sempre a sexualidade. Freud argumentou que a “energia básica” do funcionamento da psique é o sexo.

Para o famoso autor austríaco são os desejos sexuais reprimidos ou sublimados que regem todos os atos de civilização humana. Para ele, o homem não passa de um animal sexual que projeta essa sexualidade para outros fins mais racionais. Nisso, exatamente, residiria a principal diferença entre os homens, e os animais irracionais. Nada mais.

É oportuno esclarecer que Freud, embora originário de uma família judaica religiosa desenvolveu um severo ateísmo que o acompanhou por toda vida.

Para ele o homem era não mais do que um conjunto de nervos, ossos e músculos. Acreditava que todas as funções humanas se dão no cérebro inclusive os sentimentos os raciocínios e as emoções mais sublimes. Não há na teoria de Sigmund Freud nenhum espaço para o espiritual, o religioso ou o imaterial.

Claro que desde logo houve forte oposição entre esta teoria e a Religião Católica, pois em Freud tudo é reduzido à matéria. Nada de alma, vida espiritual ou eternidade. A morte tudo destrói e nada sobrevive de essencial no homem.

Desenvolvimento Infantil

Mas o ponto crucial para o nosso estudo foi, sem dúvida, sua teoria do desenvolvimento infantil. O pensamento de Freud evoluiu para a idéia de que o primeiro amor da criança é a própria mãe.

Passo a explicar tais conceitos freudianos.

Toda a psicologia desenvolvida por Freud tem como base a “energia sexual.” Sim, para o neurologista austríaco a energia básica de todo ser humano é a do sexo.

Dessa maneira os atos naturais como pensar, sentir, meditar bem como os demais atos da psique humana têm como origem essa força instintiva. Basicamente o homem é um ser que deseja o prazer corporal. Para Freud o maior prazer que o homem pode ter é o prazer advindo das relações sexuais.

Toda a cultura, toda a civilização que os homens conseguiram desenvolver ao longo de milênios não são outra coisa do que a sublimação dessas energias básicas instintivas.

‘A mãe é o primeiro objeto do desejo sexual da criança’

Uma das suas idéias básicas sobre o assunto é que o ser humano passa por três fazes distintas no seu desenvolvimento psíquico-emocional. As chamadas “fases oral, anal e genital,” todas com clara conotação sexual.

Child playing

A tendência inocente do bebê de trazer objetos para a boca é erroneamente considerada um desejo de incesto

Neste artigo analisarei a primeira, a chamada “fase oral.”

É bem sabido que os bebês tendem a levar todos os objetos que estão próximos à boca. É através da boca, por assim dizer, que os bebes sentem o mundo à sua volta.

Freud viu nisso o primeiro desenvolvimento da sexualidade da criança.

Como o principal – e às vezes o único – alimento do bebê é o seio de sua mãe, Freud concluiu com isso que o bebê “deseja” sexualmente a sua própria mãe, entendido da maneira como uma das fases sexuais de seu desenvolvimento psíquico.

“A mãe é o primeiro objeto de desejo da criança,” diz Freud.

As consequências dessa idéia foram devastadoras para a moral católica tradicional e para a educação das crianças.

Em poucos anos, principalmente depois da 1º Guerra Mundial, a maneira como os psicanalistas viam o bebê e seu mundo, mudou drasticamente.

Tal teoria encontrou muitos opositores tanto na Áustria como em toda Europa da época. Centenas de especialistas em todo Velho Continente se levantaram contra esta nova e extravagante idéia. Mas em um mundo em forte decadência moral as idéias de Freud prosperaram e fizeram sucesso ao longo do tempo. O processo revolucionário que atingiu a Civilização Cristã já ia bem adiantado.

O Protestantismo tinha se desenvolvido bastante principalmente no norte da Europa e as idéias marxistas também já tomavam conta de boa parte da intelectualidade européia. As filosofias materialistas e positivistas davam o tom no mundo acadêmico da época.

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Freud é cada vez menos popular - acima - Boston Graduate School of Psychoanalysis

Nesse ambiente revolucionário não foi difícil para a psicanálise se infiltrar e se desenvolver.

Curioso notar que hoje a psicanálise faz muito mais sucesso como “cultura acadêmica” do que como método terapêutico propriamente dito. A Universidade ainda discute a psicanálise, mas nas clínicas ela já não faz tanto sucesso. Outros métodos de trabalho clínico, que apontam para a importância da religião na vida do homem, são muito mais aceitos e com muito mais eficácias do que a psicanálise.

Mas ela ainda resiste nos meios universitários. E é aqui que reside o perigo para os nossos jovens alunos católicos. Pois de fato, eles se vêem e se verão atacados por toda sorte de idéias atéias, materialistas e sexuais como as de Freud.

É dever de todo pai e educador católico ter conhecimento dessas tristes realidades do atual mundo escolar e acadêmico. O pai e o educador católico têm de ter consciência do processo revolucionário em todas as áreas, inclusive na psicológica.

Continua 

Postado em 2 de agosto de 2019


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