Consequências do Vaticano II
Prostituindo o Plano de Deus
Seja em referência à Bíblia, Tradição, Magistério ou qualquer outra fonte, um tema recorrente que se encontra sobre o assunto de Deus é a unidade. Deus, a Santíssima Trindade, é um. O regime angélico era um. A vontade de Adão e Eva era uma com a de Deus. A Igreja é uma.
Em todos esses casos, com exceção de Deus, ocorreu uma divisão que se opôs ao desígnio de Deus. Lúcifer, o "portador da luz", a "estrela da manhã", se rebelou. Adão e Eva pecaram e esse pecado original marca toda a humanidade.
Quanto à Igreja, desde o início, Satanás procurou dividí-la com heresia após heresia, das várias seitas gnósticas ao Grande Cisma que dividiu o Oriente e o Ocidente no século XI sob a palavra Filioque. No século 16, o Demônio fez outro avanço com o Protestantismo de Lutero, Calvino e Zwinglio, que gerou milhares de falsas denominações somente nos Estados Unidos.
A unidade na esfera temporal – as nações católicas unidas sob um Sacro Imperador Romano-Alemão e sujeitas ao Papa – também era o plano de Deus para que a humanidade alcançasse mais facilmente Sua glória e a salvação eterna.
Pode-se deduzir disso que romper a unidade, então, é o eterno alvo de Satanás. Satanás é, por assim dizer, a antítese da unidade. De fato, Satanás vive como uma eterna contradição: por um lado, ele quer ser tudo, ser adorado como um deus. Por outro, ele não quer ser nada, porque, não importa o que faça, eternamente deve pagar sua dívida com Deus por sua revolta. Portanto, sua guerra contra a unidade é uma guerra sem fim, porque nele não há unidade.
Vaticano II: Um ataque bem-sucedido à unidade
Quem conhece melhor que Satanás o imperativo Extra Ecclesiam nulla salus, fora da igreja, não há salvação? O que, portanto, poderia ser mais coerente, na mente frenética de Satanás, do que transformar o plano de unidade de Deus – que todos voltassem à única e verdadeira Igreja – para seu próprio propósito diabólico?
Seu plano foi estabelecido no Vaticano II com uma nova doutrina sobre a unidade. Como Atila Guimarães aponta em seu trabalho Animus Delendi II, o ecumenismo conciliar visa:
A incessante propaganda ecumênica instigada por Paulo VI após o Concílio pretendia atingir a unidade de todos os credos; um ecumenismo que na prática está caminhando firmemente em direção a uma pan-religião.
O evento simbólico que deu origem a esse ecumenismo foi o beijo trocado entre Paulo VI e o patriarca cismático Atenágoras no Jardim das Oliveiras, em 5 de janeiro de 1964.
“Teria sido por acaso,” pergunta Guimarães, “que o local escolhido para essa troca foi o mesmo local em que Judas, também com um beijo, entregou o Filho de Deus aos seus inimigos?” (2)
Não parece que as maquinações pérfidas de Satanás estão presentes nesse ato?
Uma unidade prostituída
João Paulo II continuou esse caminho com os encontros pan-religiosos em Assis, juntamente com repetidas reuniões inter-religiosas, na quais apresentou desculpas públicas pelo trabalho missionário passado da Igreja, além de multiplicar os gestos ecumênicos.
Bento XVI aumentou a velocidade do ecumenismo conciliar orando em mesquitas, visitando sinagogas, elogiando Lutero e assinando declarações comuns com o anglicano Rowan Williams e o patriarca cismático Bartolomeu de Constantinopla (ambos em 2006).
Quando Bento renunciou, ele entregou o bastão ecumênico a Francisco I. Era como se ele dissesse – parafraseando o mesmo autor em seu artigo sobre essa vergonhosa renúncia – “Eu sei que deveria ter ido mais longe com isso, mas não pude fazer tudo. Agora você siga em frente para realizar tudo, com o meu total apoio. Estarei torcendo por você."
Como vimos, Francisco tem acelerado muito o ritmo em todas as frentes de destruição da Igreja e do Papado. "Para mim, o ecumenismo é uma prioridade", disse ele ao jornal italiano La Stampa em sua entrevista de dezembro de 2013. (3) Um dia depois de assumir a Sé de Pedro, Francisco se encontrou com um grupo de líderes judeus no Vaticano. Em janeiro de 2014, ele organizou um almoço kosher para 15 líderes judeus da Argentina na Casa Santa Marta.
Francisco nunca perde a oportunidade de colocar em prática a “dimensão ecumênica” da “nova evangelização” anunciada por Bento XVI. Ele chegou ao ponto de enviar um vídeo de sete minutos a um televangelista do “evangelho da prosperidade”, pedindo ao protestante sua “bênção.” (4)
Em uma passagem de seu livro Revolução e Contra-Revolução, Prof. Plinio Corrêa de Oliveira usa a metáfora de que o processo revolucionário é como uma corrida na qual cada corredor passa o bastão para o próximo até que a corrida chegue ao fim. Ele continua:
“A Revolução foi produzida através de milhares de vicissitudes de séculos inteiros, repletas de eventos imprevistos de todas as ordens. Produzir um processo tão consistente e contínuo como o da Revolução, em um período de tempo tão grande e incerto, parece-nos uma impossibilidade sem a ação de gerações sucessivas de conspiradores de uma inteligência e poder extraordinários. Pensar que a Revolução poderia ter alcançado seu estado atual sem isso é como admitir que centenas de cartas jogadas pela janela poderiam se organizar espontaneamente no chão para formar uma poesia, como a Ode a Satanás de Carducci, por exemplo." (5)
O que se dá com a liderança unitária da Revolução se dá também com a unidade do Progressismo. Ela é mantida pelos Papas concliares que impulsionam o ecumenismo.
Esse ecumenismo conciliar é o oposto da vontade de Deus em relação à unidade. A unidade desejada por Ele deve estar sob a égide da Fé Católica. Todos devem professar a única Fé deixada por Ele para a humanidade e devidamente preservada pela Santa Madre Igreja. A unidade promovida pelos Papas conciliares não é a verdadeira unidade, mas a prostituição do plano de Deus para a humanidade.
Que Nossa Senhora do Perpétuo Socorro dê à Contra-Revolução os meios para transmitir aos que vêm depois de nós o bastão de nosso amor e dedicação à sua Causa e à instalação de Seu Reino.
São Miguel e os bons anjos combatem Satanás e seus sequazes para manter a unidade do plano de Deus
Quanto à Igreja, desde o início, Satanás procurou dividí-la com heresia após heresia, das várias seitas gnósticas ao Grande Cisma que dividiu o Oriente e o Ocidente no século XI sob a palavra Filioque. No século 16, o Demônio fez outro avanço com o Protestantismo de Lutero, Calvino e Zwinglio, que gerou milhares de falsas denominações somente nos Estados Unidos.
A unidade na esfera temporal – as nações católicas unidas sob um Sacro Imperador Romano-Alemão e sujeitas ao Papa – também era o plano de Deus para que a humanidade alcançasse mais facilmente Sua glória e a salvação eterna.
Pode-se deduzir disso que romper a unidade, então, é o eterno alvo de Satanás. Satanás é, por assim dizer, a antítese da unidade. De fato, Satanás vive como uma eterna contradição: por um lado, ele quer ser tudo, ser adorado como um deus. Por outro, ele não quer ser nada, porque, não importa o que faça, eternamente deve pagar sua dívida com Deus por sua revolta. Portanto, sua guerra contra a unidade é uma guerra sem fim, porque nele não há unidade.
Vaticano II: Um ataque bem-sucedido à unidade
Quem conhece melhor que Satanás o imperativo Extra Ecclesiam nulla salus, fora da igreja, não há salvação? O que, portanto, poderia ser mais coerente, na mente frenética de Satanás, do que transformar o plano de unidade de Deus – que todos voltassem à única e verdadeira Igreja – para seu próprio propósito diabólico?
Seu plano foi estabelecido no Vaticano II com uma nova doutrina sobre a unidade. Como Atila Guimarães aponta em seu trabalho Animus Delendi II, o ecumenismo conciliar visa:
- Relativisar a Fé;
- Negar a santidade e unidade da Igreja Católica;
- Possibilitar a união dos homens, independente de suas diferentes profissões religiosas,
- Criar um clima pacifista de diálogo entre os diferentes credos, o que implica a negação da defesa da Fé Católica. (1)
Em um ato simbólico, na Terra Santa Paulo VI abraça o cismático patriarca Atenágoras
O evento simbólico que deu origem a esse ecumenismo foi o beijo trocado entre Paulo VI e o patriarca cismático Atenágoras no Jardim das Oliveiras, em 5 de janeiro de 1964.
“Teria sido por acaso,” pergunta Guimarães, “que o local escolhido para essa troca foi o mesmo local em que Judas, também com um beijo, entregou o Filho de Deus aos seus inimigos?” (2)
Não parece que as maquinações pérfidas de Satanás estão presentes nesse ato?
Uma unidade prostituída
João Paulo II continuou esse caminho com os encontros pan-religiosos em Assis, juntamente com repetidas reuniões inter-religiosas, na quais apresentou desculpas públicas pelo trabalho missionário passado da Igreja, além de multiplicar os gestos ecumênicos.
Bento XVI aumentou a velocidade do ecumenismo conciliar orando em mesquitas, visitando sinagogas, elogiando Lutero e assinando declarações comuns com o anglicano Rowan Williams e o patriarca cismático Bartolomeu de Constantinopla (ambos em 2006).
Quando Bento renunciou, ele entregou o bastão ecumênico a Francisco I. Era como se ele dissesse – parafraseando o mesmo autor em seu artigo sobre essa vergonhosa renúncia – “Eu sei que deveria ter ido mais longe com isso, mas não pude fazer tudo. Agora você siga em frente para realizar tudo, com o meu total apoio. Estarei torcendo por você."
Francisco oferece um almoço kosher a 15 rabinos; abaixo, ele envia um vídeo ao um Protestante pedindo sua benção
Francisco nunca perde a oportunidade de colocar em prática a “dimensão ecumênica” da “nova evangelização” anunciada por Bento XVI. Ele chegou ao ponto de enviar um vídeo de sete minutos a um televangelista do “evangelho da prosperidade”, pedindo ao protestante sua “bênção.” (4)
Em uma passagem de seu livro Revolução e Contra-Revolução, Prof. Plinio Corrêa de Oliveira usa a metáfora de que o processo revolucionário é como uma corrida na qual cada corredor passa o bastão para o próximo até que a corrida chegue ao fim. Ele continua:
“A Revolução foi produzida através de milhares de vicissitudes de séculos inteiros, repletas de eventos imprevistos de todas as ordens. Produzir um processo tão consistente e contínuo como o da Revolução, em um período de tempo tão grande e incerto, parece-nos uma impossibilidade sem a ação de gerações sucessivas de conspiradores de uma inteligência e poder extraordinários. Pensar que a Revolução poderia ter alcançado seu estado atual sem isso é como admitir que centenas de cartas jogadas pela janela poderiam se organizar espontaneamente no chão para formar uma poesia, como a Ode a Satanás de Carducci, por exemplo." (5)
O que se dá com a liderança unitária da Revolução se dá também com a unidade do Progressismo. Ela é mantida pelos Papas concliares que impulsionam o ecumenismo.
Esse ecumenismo conciliar é o oposto da vontade de Deus em relação à unidade. A unidade desejada por Ele deve estar sob a égide da Fé Católica. Todos devem professar a única Fé deixada por Ele para a humanidade e devidamente preservada pela Santa Madre Igreja. A unidade promovida pelos Papas conciliares não é a verdadeira unidade, mas a prostituição do plano de Deus para a humanidade.
Que Nossa Senhora do Perpétuo Socorro dê à Contra-Revolução os meios para transmitir aos que vêm depois de nós o bastão de nosso amor e dedicação à sua Causa e à instalação de Seu Reino.
- Atila S. Guimarães, Animus Delendi-II, Los Angeles: TIA, 2002, p. 299.
- Idem., p. 303
- “Nunca tenha medo da ternura,” Vatican Insider online, 7 de abril de 2014.
- "O Papa pede aos pastores carismáticos americanos a bênção," The Tablet, 1 de março de 2014.
- Plinio Corrêa de Oliveira, Revolução e Contra-Revolução, New Rochelle, NY, A Fundação para uma Civilização Cristã, 1980, pp. 53-54.
Postado em 2 de outubro de 2019
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