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Feminismo
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A grave ameaça do Feminismo Católico

Salwa Bachar
Domingo, 8 de março de 2020, foi o Dia Internacional da Mulher. Para quem não sabe, este "feriado" feminista foi criado pelos Comunistas Russos no início do século 20. Seguindo a verdadeira moda Comunista, a ocasião trouxe protestos de rua em todo o mundo este ano, com números expressivos no Chile e no México.

Esta ocasião de luta de classes feminista não se limita à esfera secular: conforme descrito nos capítulos iniciais do livro de Atila Guimarães, Fumus Satanae (o oitavo volume da coleção de 11 volumes do Vaticano II), a hierarquia progressista na Igreja não é estranha ao feminismo. De fato, depois do Papa Pio XII, os Papas Conciliares apoiaram abertamente a agenda feminista, e Bispos e padres seguiram o exemplo.

Catholic Women Speak - Antonianum University January 2018

Simpósio de Mulheres Católicas realizado pela Universidade Antonianum, de Roma, em 10 de janeiro de 2018

Nos últimos anos, para celebrar o Dia Internacional da Mulher, o Vaticano organizou uma conferência feminista dentro de seus muros de 2014 a 2018 na Casina Pio IV (uma vila localizada nos jardins do Vaticano). A conferência foi organizada por um grupo chamado Vozes de Fé, com suas oradoras feministas revisadas e aprovadas pelo Vaticano.

Depois de investigar Vozes de Fé, comecei a perceber a profundidade e o alcance desse escuro ventre do feminismo Católico. Formada em 2013, as Vozes de Fé é liderada pela advogada Suíça de 52 anos, Chantal Götz, e é uma rede internacional de grupos feministas Católicos. (Götz é neta de Fidel Götz, que fez uma parceria com o cardeal Bea para criar o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos).

Vozes de Fé apresentou e colaborou com todos os tipos de feministas Católicas. Isso inclui, mas não está limitado a:
Kate McElvee

Kate McElwee, diretora co-executiva da Conferência de Ordenação da Mulher

  • Deborah Rose-Milavec, advoga os padres casados e ordenação de mulheres (atualmente no conselho consultivo da VOF);

  • Tina Beattie, teóloga pró-homossexualismo e pró-aborto;

  • Ssenfuka Joanita Warry, lésbica;

  • pró-homossexualismo;
  • Kate McElwee, co-diretora executiva da Conferência de Ordenação da Mulher;

  • Ursula Halligan, ex-jornalista e lésbica pró-homossexualismo, coordenadora da Nós Somos a Igreja na Irlanda que foi autorizada a fazer uma homilia durante a Missa na Cúria Jesuíta em Roma (atualmente no conselho consultivo da VOF).
Em 2018, o grupo foi forçado a ter sua conferência fora dos muros do Vaticano depois que as autoridades foram notificadas de que, além de ter a presença de Ssenfuka Joanita Warry como oradora, a ex-presidente Irlandesa Mary McAleese seria destaque como oradora principal. Ativa no grupo de esquerda radical Nós Somos a Igreja da Irlanda, McAleese certamente não é conhecida por ser uma feminista "moderada," pois ela fez inúmeras observações ousadas, incluindo:
  • A Igreja é um “império da misoginia”;

  • “Liberdade de consciência ... supera [a ideia] de pecado mortal” (em referência ao voto “sim” ao casamento homossexual, veja aqui aos 5:30);

  • Que é aceitável “ter opiniões dentro da Igreja que estejam em desacordo com o Magistério” (novamente aqui aos 5:30).
O cancelamento de seu evento no Vaticano não impediu a Vozes de Fé de continuar sua destruição - sim, esse é seu objetivo expresso. A fundadora Chantal Götz declarou: “Toda a estrutura de governo [da Igreja] está paralisada pelo clericalismo. Ele não pode apenas ser reparado de alguma maneira, mas deve morrer e ressuscitar de uma forma totalmente nova.” (Veja a marca dos 13:00 aqui) (1)

Em vez de concentrar seus esforços em sediar uma conferência, a Vozes de Fé insistiu em se tornar global. Em 2019, a VOF iniciou sua campanha de mídia global “Superando o Silêncio,” cujos objetivos eram que as mulheres tivessem direito a voto em futuros sínodos, funções decisivas no Vaticano e papéis de liderança em todos os níveis da Igreja.

Feminism in Germany

Mulheres manifestam-se na Alemanha solicitando aprovação para mulheres-sacerdotes

Em novembro de 2019, a Vozes de Fé informou que o Conselho das Mulheres Católicas foi formado em Stuttgart, Alemanha. Curiosamente, este grupo indescritível não possui site oficial, nem lista de seus membros ou funcionários atuais ou endereço de contato. No entanto, toda vez que o Conselho das Mulheres Católicas deseja falar ao mundo, ele usa Vozes de Fé como sua plataforma (veja aqui e aqui).

Em 8 de março passado, o grupo Vozes de Fé (também conhecido como Conselho das Mulheres Católicas) organizou uma campanha global, com protestos feministas realizados por mais de 30 igrejas em todo o mundo. Um grande número desses protestos ocorreu na Alemanha (em 8 das 30 igrejas - quase um terço).

Parece não haver força maior para o feminismo Católico do que na Alemanha, e sua ação e influência se estenderam a outras áreas de língua Alemã da Europa (incluindo Áustria e Suíça).

Aqui estão alguns exemplos recentes das ações das feministas de língua alemã:
  • Maria 2.0, que já relatamos aqui, é um dos grupos feministas Católicos mais radicais e agressivos da Alemanha. Em 31 de janeiro de 2020, em homenagem à Via Sinodal Alemã, realizou uma liturgia principalmente feminina” na Catedral de São Bartolomeu, Frankfurt, Alemanha. Os organizadores do evento foram Maria 2.0, o Conselho das Mulheres Católicas ou Vozes de Fé e a Catedral de São Bartolomeu (sim, esta igreja estava envolvida em fazer o evento acontecer).

    Jacqueline Straub

    Jacqueline Straub quer ser padre; ela foi promovida pela mídia Suíça, Francesa e Alemã

    O “serviço de oração” foi realizado pela igualdade de mulheres na Igreja, com cerca de 600 mulheres e homens presentes, e apresentando várias mulheres em paramentos no altar. Segundo o relatório da diocese de Limburgo, “as mulheres receberam apoio do Bispo de Limburgo, Georg Bätzing [ele substituiu recentemente o Card. Reinhard Marx como chefe da Conferência Episcopal Alemã] … Em uma entrevista com jornalistas, ele enfatizou a importância de uma participação justa das mulheres na Igreja.”

  • Durante a Quaresma em 2020, a Igreja Católica de São Nicolau, em Munster, Alemanha, recebe o “Fastenpredigten” 2020, uma série de “Celebrações Eucarísticas” da Quaresma com sermões proferidos por mulheres. Lisa Kotter de Maria 2.0 está na lista, entre outros. A igreja anunciou o evento em seu site aqui.

  • Em 7 de março passado, a “Family ChurchSchmuckerau” em Viena, Áustria, apresentou recentemente uma performance de “Monólogos da Vargina”, uma peça teatral radical que promove o feminismo, lesbianismo e outras imoralidades chocantes que prefiro não listar aqui. O evento foi divulgado no boletim da paróquia na p. 11 (aqui). Esse evento feminista certamente não poderia ter ocorrido sem a aprovação de Cardeal Christoph Schönborn, Arcebispo de Viena. Ele é um defensor de longa data de diaconisas e sacerdotisas, e reincidente em questões de imoralidade.

  • Jacqueline Straub é uma mulher Suíça de 29 anos que proclamou ao mundo que quer ser padre. Ela tem sido objeto de forte cobertura da mídia: participou de um documentário exibido pela ARTE (uma rede de televisão Franco-Alemã que goza de uma importante presença na Europa), além de ter participado de segmentos destacados de Bayerischen Rundfunk (uma das principais Redes de televisão da Baviera) e também recentemente na Südwestrundfunk (SWR com sede em Stuttgart).
Dorenda Geis, Netherland

Dorenda Gies na Holanda se veste de padre, desempenha seu papel e se nomeia padre

Com todas as coisas consideradas, o que podemos esperar dessa ação feminista? Talvez possamos procurar na Igreja na Holanda uma resposta. O número de Católicos praticantes na Protestante Holanda está diminuindo, e a presença de “sacerdotisas” parece não estar ajudando.

De fato, na Holanda, as “sacerdotisas” são uma realidade: com a ausência de padres de verdade, as leigas são contratadas pelas igrejas como "obreiros pastorais," podem usar roupas de aparência sacerdotal e até são chamadas de "pastoras" em alguns lugares. A primeira trabalhadora pastoral no nordeste da Holanda foi introduzida há mais de 26 anos. No entanto, apesar dessa novidade feminista, a frequência à igreja ainda está em um nível aparentemente sombrio, com apenas 5% dos Católicos Holandeses realmente participando da Missa regularmente.

Com o Progressismo esmagando a Catolicidade autêntica na Igreja nos últimos 50 anos, esse feminismo Católico ameaça ser outro golpe sério e prejudicial.

  1. Essa ideia de que a Igreja precisa “morrer” e “ressuscitar” é na verdade inspirada na doutrina progressista da kenosis, que afirma que a Igreja deve participar da auto-demolição - 'crucificando-se' - para ser como Cristo. Essa doutrina é explicada no livro de Atila Guimarães, Animus Delendi I, cap. II.




“Dada a atualidade do tema deste artigo (13 de março de 2020), TIA do Brasil resolveu republicá-lo - mesmo se alguns dados são antigos - para benefício de nossos leitores.”

Postado em 21 de agosto de 2020

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