Consequências do Vaticano II
A Crise na Igreja – Parte I
Uma explanação resumida
Em 1884, enquanto rezava a Missa, o Papa Leão XIII teve uma
visão horripilante de uma conversa entre o Diabo e Nosso Senhor Jesus Cristo. O Diabo pediu 100 anos para destruir a Igreja, e Nosso Senhor respondeu dizendo: “Você terá o tempo, você terá o poder.” (1)
Não é segredo que a Igreja está em crise. Em qualquer semana, apenas cerca de 39% dos Católicos assistem à Missa, abaixo dos 75% em 1955. (2) A maioria dos paroquianos entram vestidos casualmente e apáticos. Além disso, a maioria dos autoproclamados Católicos não concorda com os ensinamentos da Igreja: 76% apoiam os contraceptivos; 54% são a favor das uniões do mesmo sexo; 53% dizem que o aborto deveria ser legal, para dar apenas alguns exemplos. (3)
Pior de tudo, milhões de americanos estão deixando a Igreja completamente, tantos que 13% dos adultos americanos se identificam como ex-Católicos. (4) Estas são apenas as estatísticas quantificáveis. Se olharmos, por exemplo, para a decadência dos costumes ou a falta de seriedade entre os sacerdotes, descobriríamos que a crise na Igreja é muito mais profunda do que parece à primeira vista.
Muitos livros escritos sobre esta crise oferecem a solução simplista: se mais católicos assistirem à missa e se envolverem em suas comunidades paroquiais, o problema será resolvido. No entanto, se a Igreja não atrai as pessoas, é porque se esqueceram dela, ou talvez porque ela se esqueceu do seu caminho?
A crise prevista por Nossa Senhora
Nossa Senhora respondeu a esta pergunta. Ela previu esta crise e falou sobre isso em inúmeras aparições, incluindo Nossa Senhora de La Salette, Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora de Akita.
As mais importantes e menos conhecidas são as aparições de Nossa Senhora do Bom Sucesso, ocorridas em Quito, Equador, no final do século 16 e início do século 17, e foram aprovados por todos os Bispos de Quito.
Como a Dra. Marian Horvat afirma na Parte Dois do vídeo, “Nossa Senhora do Bom Sucesso: Profecias para os Nossos Tempos,” Nossa Senhora apareceu a uma freira Concepcionista chamada Madre Mariana de Jesus Torres em 21 de janeiro de 1610, e disse a ela que “desde o final do século 19 até pouco depois da metade do século 20, as paixões entrarão e a doutrina será corrompida e haverá uma total corrupção dos costumes.”
Aqui estão apenas algumas das muitas profecias que ela fez:
● “O espírito do mundo entrará na esfera religiosa. Os religiosos abandonariam suas regras e o espírito de suas Ordens”:
A vocação religiosa, especialmente para as monjas de clausura, deve ser uma separação do mundo. Portanto, as freiras costumava se comportar de maneira séria e recolhida. As Ordens Religiosas tinham regras rígidas que eram rigorosamente seguidas.
Santa Teresa de Lisieux escreve em História de uma Alma sobre o Grande Silêncio (os silêncios completos observados pelas Carmelitas após as Completas). Menciona o jejum quaresmal, que em alguns conventos começava em setembro e durava até a Páscoa, e o claustro estrito, onde as freiras só podiam falar com os convidados através de uma grade e breves períodos de tempo.
Quanta coisa mudou! Depois do Vaticano II, quase todas as Ordens Religiosas relaxaram ou abandonaram suas regras, abandonaram seus hábitos tradicionais em favor das calças e agora estão permitindo que as irmãs postem selfies e vídeos online ou participar de eventos mundanos (Suor Cristina, uma freira italiana que ganhou o The Voice e competiu no Dancing with the Stars, é um exemplo notório).
● “Os Sacramentos seriam abusados e abandonados”:
É cada vez mais raro que os pais batizem seus filhos ou os levem à missa. Aqueles que vão à Missa tendem a evitar a Confissão, apesar do fato de que a Confissão semanal costumava ser uma prática comum. Agora, há milhões de pessoas recebendo a Sagrada Eucaristia em estado de pecado mortal.
● “Uma grande imoralidade invadiria o clero e muitos padres seriam indignos de seu cargo”:
Os escândalos de abuso sexual são, naturalmente, prova disso, e novos escândalos e encobrimentos continuam a ser descobertos. Está se tornando muito difícil confiar nos padres.
As falhas do Vaticano II
O Concílio Vaticano II, que começou em 1962, é o grande marco da crise na Igreja. De fato, Madre Mariana de Jesus Torres previu não apenas os detalhes da crise da Igreja vindoura, mas também com grande precisão sua causa: ela apontou uma primeira crise – que era a do Modernismo – que eclodiu no final do séc. 19. A segunda e maior crise, predisse ela, surgiria pouco depois de meados do século 20 – a época exata do Vaticano II
O Concílio tinha o objetivo explícito de adequar a Igreja ao mundo moderno. Embora muito contestado, Vaticano II não é infalível pois não proclamou nada como dogma. Paulo VI, que presidiu o Concílio, afirmou: “Tendo em vista a natureza pastoral do Concílio, evitou qualquer declaração extraordinária de dogmas que fossem dotados da nota de infalibilidade.” (5)
Aqui está um breve resumo de algumas das falhas do Concílio:
● O Concílio Vaticano II usou linguagem ambígua para obscurecer as doutrinas imutáveis da Santa Igreja:
Condenada como “a síntese de todas as heresias” pelo Papa São Pio X, o Modernismo visa mudar fundamentalmente a maneira como os Católicos veem sua fé. É relativista, afirmando que todas as religiões são iguais e questiona verdades básicas, como a inerrância das Escrituras e a divindade de Cristo. (6)
Em seu vídeo “Concílio Vaticano II, Explicado,” o Sr. Atila Guimarães demonstra como o Concílio Vaticano II está infectado pelo Progressismo, uma forma mais sutil de Modernismo e mais difícil de detectar. Embora a maioria dos documentos do Concílio possa ser interpretada de maneira ortodoxa, sua linguagem ambígua dá origem a novos entendimentos heréticos.
Por exemplo, observa o Sr. Guimarães, o documento Lumen Gentium, afirma que a Igreja de Cristo “subsiste na Igreja Católica.” Isso implica que a verdadeira Igreja é um Corpo místico invisível e maior de Cristo, do qual a Igreja Católica é apenas uma parte. Isso é heresia, pois a Igreja de Cristo é sinônimo de Igreja Católica. No entanto, os defensores do Concílio sempre têm uma linha de defesa: “Subsiste em,” eles argumentam, é simplesmente uma maneira indireta de dizer “é.”
Outro exemplo de linguagem ambígua é a implicação do Concílio de que as religiões não Católicas levam à salvação. No Concílio de Florença, o Papa Eugênio IV afirmou claramente que todos aqueles que estão fora da Igreja Católica não podem participar da felicidade eterna... a menos que se unam à Igreja antes de sua morte.
Apesar disso, o documento Unitatis Redintegratio do Vaticano II diz que “igrejas e comunidades separadas, embora acreditemos que padecem dos defeitos já mencionados, não foram de modo algum desprovidas de significado e importância no mistério da salvação. O Espírito Santo de modo algum se absteve de usá-los como meio de salvação.”
Novamente, é uma linguagem ambígua, com a implicação de que pessoas de outras religiões podem ser salvas. Ao mesmo tempo, os progressistas podem responder aos opositores, dizendo que esta citação poderia simplesmente estar dizendo que Deus pode dar graças aos protestantes como um passo na jornada de uma pessoa para a Igreja Católica, e não que sua falsa religião seja em si salvífica.
Dito isso, fica claro como alguém pode ter a impressão errada ao ler esta citação.
Continua
Bancos vazios em uma igreja despojada de sua beleza e sacralidade pelo Vaticano II
Pior de tudo, milhões de americanos estão deixando a Igreja completamente, tantos que 13% dos adultos americanos se identificam como ex-Católicos. (4) Estas são apenas as estatísticas quantificáveis. Se olharmos, por exemplo, para a decadência dos costumes ou a falta de seriedade entre os sacerdotes, descobriríamos que a crise na Igreja é muito mais profunda do que parece à primeira vista.
Muitos livros escritos sobre esta crise oferecem a solução simplista: se mais católicos assistirem à missa e se envolverem em suas comunidades paroquiais, o problema será resolvido. No entanto, se a Igreja não atrai as pessoas, é porque se esqueceram dela, ou talvez porque ela se esqueceu do seu caminho?
A crise prevista por Nossa Senhora
Nossa Senhora respondeu a esta pergunta. Ela previu esta crise e falou sobre isso em inúmeras aparições, incluindo Nossa Senhora de La Salette, Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora de Akita.
As mais importantes e menos conhecidas são as aparições de Nossa Senhora do Bom Sucesso, ocorridas em Quito, Equador, no final do século 16 e início do século 17, e foram aprovados por todos os Bispos de Quito.
Pe. Donald McGuire, diretor espiritual de Madre Teresa, foi condenado por vários crimes de pedofilia
Aqui estão apenas algumas das muitas profecias que ela fez:
● “O espírito do mundo entrará na esfera religiosa. Os religiosos abandonariam suas regras e o espírito de suas Ordens”:
A vocação religiosa, especialmente para as monjas de clausura, deve ser uma separação do mundo. Portanto, as freiras costumava se comportar de maneira séria e recolhida. As Ordens Religiosas tinham regras rígidas que eram rigorosamente seguidas.
Santa Teresa de Lisieux escreve em História de uma Alma sobre o Grande Silêncio (os silêncios completos observados pelas Carmelitas após as Completas). Menciona o jejum quaresmal, que em alguns conventos começava em setembro e durava até a Páscoa, e o claustro estrito, onde as freiras só podiam falar com os convidados através de uma grade e breves períodos de tempo.
Quanta coisa mudou! Depois do Vaticano II, quase todas as Ordens Religiosas relaxaram ou abandonaram suas regras, abandonaram seus hábitos tradicionais em favor das calças e agora estão permitindo que as irmãs postem selfies e vídeos online ou participar de eventos mundanos (Suor Cristina, uma freira italiana que ganhou o The Voice e competiu no Dancing with the Stars, é um exemplo notório).
Hóstias sendo pessadas sem cuidado ou reverência
em uma Jornada Mundial da Juventude
É cada vez mais raro que os pais batizem seus filhos ou os levem à missa. Aqueles que vão à Missa tendem a evitar a Confissão, apesar do fato de que a Confissão semanal costumava ser uma prática comum. Agora, há milhões de pessoas recebendo a Sagrada Eucaristia em estado de pecado mortal.
● “Uma grande imoralidade invadiria o clero e muitos padres seriam indignos de seu cargo”:
Os escândalos de abuso sexual são, naturalmente, prova disso, e novos escândalos e encobrimentos continuam a ser descobertos. Está se tornando muito difícil confiar nos padres.
As falhas do Vaticano II
O Concílio Vaticano II, que começou em 1962, é o grande marco da crise na Igreja. De fato, Madre Mariana de Jesus Torres previu não apenas os detalhes da crise da Igreja vindoura, mas também com grande precisão sua causa: ela apontou uma primeira crise – que era a do Modernismo – que eclodiu no final do séc. 19. A segunda e maior crise, predisse ela, surgiria pouco depois de meados do século 20 – a época exata do Vaticano II
O Concílio tinha o objetivo explícito de adequar a Igreja ao mundo moderno. Embora muito contestado, Vaticano II não é infalível pois não proclamou nada como dogma. Paulo VI, que presidiu o Concílio, afirmou: “Tendo em vista a natureza pastoral do Concílio, evitou qualquer declaração extraordinária de dogmas que fossem dotados da nota de infalibilidade.” (5)
Aqui está um breve resumo de algumas das falhas do Concílio:
● O Concílio Vaticano II usou linguagem ambígua para obscurecer as doutrinas imutáveis da Santa Igreja:
Condenada como “a síntese de todas as heresias” pelo Papa São Pio X, o Modernismo visa mudar fundamentalmente a maneira como os Católicos veem sua fé. É relativista, afirmando que todas as religiões são iguais e questiona verdades básicas, como a inerrância das Escrituras e a divindade de Cristo. (6)
Atila Guimarães aponta ambiguidades de linguagem nos documentos Conciliares
Por exemplo, observa o Sr. Guimarães, o documento Lumen Gentium, afirma que a Igreja de Cristo “subsiste na Igreja Católica.” Isso implica que a verdadeira Igreja é um Corpo místico invisível e maior de Cristo, do qual a Igreja Católica é apenas uma parte. Isso é heresia, pois a Igreja de Cristo é sinônimo de Igreja Católica. No entanto, os defensores do Concílio sempre têm uma linha de defesa: “Subsiste em,” eles argumentam, é simplesmente uma maneira indireta de dizer “é.”
Outro exemplo de linguagem ambígua é a implicação do Concílio de que as religiões não Católicas levam à salvação. No Concílio de Florença, o Papa Eugênio IV afirmou claramente que todos aqueles que estão fora da Igreja Católica não podem participar da felicidade eterna... a menos que se unam à Igreja antes de sua morte.
Apesar disso, o documento Unitatis Redintegratio do Vaticano II diz que “igrejas e comunidades separadas, embora acreditemos que padecem dos defeitos já mencionados, não foram de modo algum desprovidas de significado e importância no mistério da salvação. O Espírito Santo de modo algum se absteve de usá-los como meio de salvação.”
Novamente, é uma linguagem ambígua, com a implicação de que pessoas de outras religiões podem ser salvas. Ao mesmo tempo, os progressistas podem responder aos opositores, dizendo que esta citação poderia simplesmente estar dizendo que Deus pode dar graças aos protestantes como um passo na jornada de uma pessoa para a Igreja Católica, e não que sua falsa religião seja em si salvífica.
Dito isso, fica claro como alguém pode ter a impressão errada ao ler esta citação.
Continua
- https://stjosephschurch.net/vision-of-pope-leo-xiii/ - https://www.traditioninaction.org/Questions/B649_Leo13.html
- https://catholicphilly.com/2018/05/catholic-spirituality/mass-attendance-is-down-again-but-among-whom/
- https://www.pewresearch.org/fact-tank/2013/09/19/majority-of-u-s-catholics-opinions-run-counter-to-church-on-contraception-homosexuality/
- https://www.pewresearch.org/fact-tank/2018/10/10/7-facts-about-american-catholics/
- Pope Paul VI, “After the Council: New Tasks”, The Pope Speaks, vol. 11 (Winter, 1966), p.154.
- https://www.youtube.com/watch?v=toWI_zn_aAg
Postado em 8 de junho de 2022
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