A Missa Novus Ordo quebrou a identidade da Igreja por Lyle J. Arnold

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Consequências do Vaticano II

A Missa Novus Ordo quebrou a
identidade da Igreja

Lyle J. Arnold, Jr.

A Igreja Católica ensina que "a Última Ceia foi um verdadeiro sacrifício" (1). A profecia de Malaquias confirma isso, como afirma o Dicionário de Teologia Dogmática:

"Ela prevê um sacrifício cujas características de santidade e universalidade são verificadas apenas na Missa, e pela Tradição que, por sua práxis litúrgica e testemunhos abertos dos Padres, nos assegura da vontade de Cristo de instituir um sacrifício real e próprio para perdurar até o fim do mundo (I Cor. 11,26) (2).

A Bula Quo Primum estabeleceu a unidade na liturgia com a Missa Tridentina, acima. O Novus Ordo abriu a porta para uma diversidade e abusos infinitos. Abaixo, primeira fila à esquerda, uma Missa salesiana nos EUA; à direita, uma Missa jesuíta ao ar livre no País de Gales. Segunda fila à esquerda, Ofertório na Costa do Marfim; à direita, uma Missa universitária em Exeter, Inglaterra
Abuses of the Novus Ordo Mass 1

“Com a Bula Quo primum, o Papa São Pio V usou sua autoridade, tanto legislativa quanto magistral, para codificar a Missa Tridentina “para perdurar até o fim do mundo.” Sua promulgação ocorreu porque essa codificação da Missa era perfeita, bem como porque ele viu que era a única resposta para a “unidade e pureza de fé, adoração, doutrina e moral” católica (3), após as revoltas de Lutero e Henrique VIII. Observe bem as palavras acima de que as “características de santidade e universalidade do sacrifício são verificadas apenas na Missa e pela Tradição.”

Em sua "reforma" da Missa, o Arcebispo Annibale Bugnini atentou contra a Missa Tridentina, a "única" forma legítima de Missa no Rito Latino. Ele derrubou tanto "a Missa" quanto a "Tradição." Uma grande vitória para os inimigos que São Pio V queria evitar! Veja as palavras do Card. Bugnini de que o Novus Ordo é "uma grande conquista da Igreja Católica" (4).

É difícil resistir à hipótese de que Paulo VI procurou descodificar a Missa porque na sua ausência, sem o seu "sacrifício" e sem a "Tradição," a fumaça de Satanás poderia entrar pelas janelas.

São Vicente de Paulo, que viveu nos tempos da aplicação do Quo primum, observou como na França a unificação das cerimônias era necessária. Na verdade, em sua obra Conversations, ele testemunhou "a feiura e a diversidade das cerimônias da Missa, e ter visto uma vez oito padres celebrando a Missa de oito maneiras diferentes." (5) A fantasmagoria litúrgica do Card. Bugnini pode ser realizada de inúmeras maneiras como uma liturgia "lícita,” para não mencionar as ilícitas.

Sobre as inúmeras formas de Missas permitidas pela Reforma Litúrgica de Paulo VI, Pe. Bryan Hougton observa corretamente:

"Se cada combinação lícita de quatro cânones, de trás para frente, silenciosos e audíveis, cantados e ditos, latim e vernáculo em parte ou no todo, alto, concelebrado e baixo, com e sem participação leiga em vários graus, e assim por diante, se todos estes fossem levados em conta, haveria cerca de 250 ritos que, multiplicados por um estranho milhar de línguas e dialetos, dariam um quarto de milhão de formas lícitas de missa...

O fato é que a oração cristã é um ato sobrenatural dirigido pelo dom sobrenatural da fé. Não é um processo de raciocínio natural. Ao reduzir a oração suprema da missa à atividade humana de compreensão intelectual, há um grave perigo de ensinar aos fiéis como não orar" (6).

Penso que a proposição de que o Novus Ordo é mau pode ser demonstrada. Deixe-me fazê-lo dedutivamente e indutivamente.

O silogismo dedutivo aplica a lei de identidade de Aristóteles (7). Segue-se:

A Missa Tridentina causa unidade.
A Missa Novus Ordo causa diversidade excessiva.
Ora, a unidade é uma marca da identidade da Igreja.
Portanto, a Missa Tridentina está de acordo com a identidade da Igreja, enquanto o Novus Ordo destrói sua identidade.

Voltando-se para um argumento indutivo, pode-se verificar experimentalmente que a aplicação da Nova Missa fez com que a Igreja perdesse sua identidade histórica e se tornasse cada vez mais semelhante às heresias que Ela havia combatido antes.

De acordo com palavras atribuídas ao Papa Ratzinger a respeito do Terceiro Segredo de Fátima, ele "adverte que haverá um concílio maligno" e adverte "contra fazer mudanças na liturgia" (8). No entanto, a suposta divulgação do segredo em 2000 não menciona nada sobre um concílio maligno ou mudanças na liturgia.

A Missa Tridentina foi bloqueada de fato desde 1970. Em julho de 2007, o motu proprio de Bento XVI liberou a Missa Tridentina em certas condições. No entanto, o maligno Novus Ordo permanece como a principal forma de culto na Igreja Conciliar. O motu proprio parece ser estratégico por natureza, porque teve o efeito de encobrir a Carta do Papa aos Católicos Chineses divulgada em 30 de junho de 2007 (9).

Nosso Senhor nos alertou sobre "falsos profetas, que vêm a vocês disfarçados de ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mt 7,15). Isso poderia se referir ao silêncio contínuo sobre o Terceiro Segredo e ao plano do motu proprio que pareceria descontaminar a carta aos católicos chineses?

1. Parente, Piolanti, Garofalo, Dicionário de Teologia Dogmática, Milwauke: Bruce Publications, 1951, p. 178.
2. Ibid.
3. Robin Anderson, St. Pius V, TAN: Rockford, Illinois, 1978, p. 91.
4. Michael Davies, How the Liturgy Fell Apart — The Enigma of Archbishop Bugnini, apud The Remnant, May 15, 2007, p. 6.
5. Anderson, St. Pius V, p. 92.
6. Bryan Hougton, carta apud The Latin Mass Magazine, verão de 1997, pp. 44-45.
7. Veja The Laws of Thought and the Heresy of Progressivism, publicado neste site em 3 de agosto de 2007.
8. Paul Kramer, "The Imminent Chastisement for Not Fulfilling Our Lady's Request," The Fatima Crusader, Summer 2005, p. 36.
9. Veja Benedict Delivers Underground Chinese Catholics por Marian Horvat e O Motu Proprio, depois das emoções, por Atila Guimarães

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Postado em 14 de maio de 2025

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