As leis do pensamento e a heresia do progressismo

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Consequências do Vaticano II

As leis do pensamento e a
heresia do progressismo

Lyle J. Arnold, Jr.

Existem três leis do pensamento: a lei da identidade, a lei da não contradição, e a lei do terceiro excluído. (1)

• A lei da identidade de Aristóteles proclama que tudo na existência tem uma natureza específica (2).

• A lei da não contradição, de acordo com Aristóteles, é que "não se pode dizer de algo que é e que não é no mesmo aspecto e ao mesmo tempo" (3). Tanto Aristóteles quanto São Tomás de Aquino ensinaram que este é um princípio fundamental do pensamento, "que só pode ser provado mostrando que os oponentes do princípio estão comprometidos com ele". Por exemplo, Aristóteles considera o caso de um homem que sustenta que uma proposição é verdadeira e falsa, e pergunta por que esse homem pega a estrada de Mégara para chegar a Mégara a partir de Atenas, já que, em sua opinião, é igualmente verdade que qualquer outra estrada o levaria a Mégara (4).

• A lei do terceiro excluído proclama que “não há meio termo entre ser verdadeiro e ser falso,” em referência a declarações que contêm “termos completamente inequívocos e perfeitamente precisos (5).

Nem todos os caminhos levam a Mégara, acima. João Paulo II quebra essa lei em Assis, abaixo, quando finge que todas as religiões levam ao Céu
JPII welcomes all false religions at Assisi

JPII welcomes all false religions at Assisi

A heresia do progressismo foi introduzida por João XXIII e mantida por todos os seus sucessores. Em reflexo das três leis do pensamento, algumas evidências prejudiciais surgem sobre esses Papas conciliares. Parece que todos eles são violadores diretos das duas primeiras leis e escaparam da acusação pela terceira.

Considerando a lei da identidade, Nossa Senhora prescreveu que, para derrotar o Comunismo, o Papa e todos os Príncipes da Igreja consagrariam a Rússia ao seu Imaculado Coração. O Vaticano II era o momento e o lugar perfeitos para fazê-lo, mas João XXIII ignorou a identidade do mal descrita pela Mãe de Deus, apaixonado como estava por um otimismo semelhante ao ópio. De fato, por seu silêncio sobre a natureza do Comunismo e o silêncio do Concílio sobre o assunto, a própria natureza da mensagem de Nossa Senhora foi rejeitada.

Paulo VI juntou-se a João XXIII em seu crime, então deu o próximo passo e rejeitou a identidade da Missa, colocando em seu lugar o show de mágica de Bugnini. João Paulo II continuou nesse caminho, ignorando também a identidade do papel papal, empreendendo, em vez disso, sua mania de viajar pelo mundo.

Ele queria que as pessoas o vissem. Bento XVI continuou a seguir seus predecessores, guerreando contra a identidade da fé da Igreja, opondo-se aos seus ensinamentos sobre judeus, muçulmanos e comunistas, este último evidenciado em sua recente carta descarada aos católicos chineses.

Voltando-nos para a lei da não contradição, podemos observar sua violação por esses mesmos papas. Para ser progressista, é preciso praticar o duplipensar. A definição de duplipensar é sustentar duas crenças contraditórias simultaneamente, o que é precisamente a definição de contradição.

João XXIII abriu as janelas da Igreja, cuja missão é preservar e ensinar a verdade, para deixar entrar o oposto, que são os erros do mundo. Seria difícil encontrar um exemplo melhor de contradição, porque "a amizade com este mundo é inimizade contra Deus" (Tg 4,4).

Paulo VI declarou que a fumaça de Satanás estava na Igreja, ao mesmo tempo em que instalava sopradores centrípetos para aumentar sua presença, tornando a fumaça cada vez mais espessa e poluída. As aventuras de João Paulo II em Assis mostraram que ele era um mestre em representar o oposto da doutrina católica sobre a evangelização.

Aristóteles demonstrou o princípio da contradição usando o teste da estrada de Mégara. Nesse sentido, os encontros de Assis afirmam claramente que todos os caminhos levam ao Céu. Essa mensagem não passou despercebida pelos progressistas, que acreditam que o dogma Extra Ecclesiam nulla salus está obsoleto.

O Papa Ratzinger também é um mestre em duplipensar. No passado, ele afirmou algo sobre o Terceiro Segredo, dizendo que nele: “Nossa Senhora adverte que haverá um concílio maligno. E ela alertou contra as mudanças: Ela alertou contra fazer mudanças na liturgia; mudanças na Missa. Isso está explicitamente estabelecido no Terceiro Segredo” (6).

No entanto, o mesmo Cardeal Ratzinger foi quem tentou fechar as portas do Terceiro Segredo para sempre, quando, em 2000, ofereceu uma versão incompleta e discutível, que nada tinha a ver com um concílio ou uma crise interna da Igreja. Bento XVI também, como seus predecessores, afirma que o Vaticano II não pode ser maligno, mesmo com os frutos notórios e podres que dele advieram.

A lei do terceiro excluído é outra questão. Ela se refere a declarações “que contêm termos completamente inequívocos e perfeitamente precisos.” Os progressistas se colocaram fora dessa lei. Já foi dito: “Sempre que a lei termina, a tirania começa” (7). Seguros em sua tirania, os progressistas se recusam a fazer declarações claras.

Onde estão as evidências disso? Leia a Coleção Eli, Eli, Lamma Sabacthani? de Atila Sinke Guimarães. No primeiro volume, Nas Águas Turvas do Vaticano II, demonstra-se que o Vaticano II está infestado de linguagem ambígua e imprecisa. Pari passu todos os Papas desde Paulo VI se consideram imunes à lei do terceiro excluído. Estão acima ou abaixo dela.

1. W.E. Johnson, Lógica, Universidade de Cambridge, Parte I, cap. 14.
2. Joseph Rowlands, “A é A: a Lei da Identidade de Aristóteles,” em Jeff Landauer & Importance of Philosophy, 2001.
3. "Lei da não contradição," Wikipédia.
4. Ibid.
5. Uma Introdução à Filosofia, Universidade Stanford, IV, "A Lei do Terceiro Excluído," www.stanford.edu.; Irving M. Copi, Introdução à Lógica, Universidade de Michigan: Macmillan Co, 1968, p. 246.
6. Pe. Paul Kramer, "O Castigo Iminente por Não Cumprir o Pedido de Nossa Senhora," The Fatima Crusader, Verão de 2005, p. 36.
7. John Locke, Segundo Tratado., NY: Fundação para uma Civilização Cristã, 1980, p. 30.

“Dada a atualidade do tema deste artigo (3 de agosto de 2007), TIA do Brasil resolveu republicá-lo - mesmo se alguns dados são antigos - para benefício de nossos leitores.”

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Postado em 20 de agosto de 2025

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