Seleção Biográfica:
Teresa era a filha mais velha do Rei Sancho I de Portugal e irmã das Santas Mafalda e Sancha. Ela se casou com seu primo, o Rei Alfonso IX de Leon.
O casal teve vários filhos, mas o casamento foi declarado inválido por motivo de consanguinidade. Voltou a Portugal e fundou um Convento Cisterciense para 300 freiras em Lorvão. Teresa então se mudou para o convento, embora não fizesse votos.
Em 1231, a pedido da segunda esposa e viúva de Alfonso, Berengária, ela partiu para resolver uma amarga disputa de sucessão entre seus filhos pelo trono de León. Com paz entre eles, ela voltou ao convento, fez votos e permaneceu ali como freira pelo resto da vida.
Comentários do Prof. Plinio:
Existem duas categorias de santos na devoção popular: aqueles a quem alguém fala e reza para, e aqueles que estão nos “arquivos,” arquivados em silêncio. Esta última categoria de santos não é mencionada ou invocada.
De certa forma, isso é normal porque a Igreja tem tantos santos que alguns naturalmente chamam mais atenção do que outros; assim, os últimos caem no esquecimento. Até certo ponto, isso corresponde à história da Divina Providência.
Esses santos permanecem no Calendário dos Santos, são lembrados nas regiões onde viviam ou nas ordens religiosas às quais pertenciam, mas não alcançam uma devoção ampla e generalizada. Quando a História terminar, eles serão venerados no Céu por todos aqueles de menor santidade. Isso é normal e compreensível.
Os Santos Reis - como Santa Teresa de Portugal - são pouco conhecidos
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Mas não é natural que todos os santos que irritam por não ter uma piedade sentimental que domina muitos círculos hoje na Igreja sejam rapidamente removidos para a categoria de “santos esquecidos.” Ao mesmo tempo, outros que são frequentemente apresentados sob o prisma deformado dessa piedade, raramente ou nunca caem nesse esquecimento.
Por exemplo, há um silêncio sistemático sobre reis, rainhas e príncipes que eram santos. Quem entre nós já ouviu falar sobre Santa Teresa de Portugal? Antes de ler esta seleção, eu não sabia que ela existia; nem sabia nada sobre suas irmãs, que também são santas.
Seria bom para nós, como contra-revolucionários, recuperar esses santos, ressuscitá-los do esquecimento e lhes oferecer a devoção que eles merecem. É curioso observar como essa piedade sentimental constantemente sabota os santos anti-igualitários de receber veneração.
Esta situação, consciente ou inconscientemente, favorece a Revolução. Se fizéssemos uma compilação de todos os santos que foram deixados de lado por essa escola duvidosa de piedade, teríamos uma galeria magnífica de santos contrarrevolucionários.
O que esse trecho insuficiente nos diz é que Santa Teresa foi rainha de León por um tempo, seu casamento foi anulado e ela fundou um convento em Portugal depois que voltou para sua terra natal. Além disso, ela foi chamada para resolver uma disputa pela sucessão do trono de León na qual seus filhos estavam envolvidos.
É uma exposição fria de alguns fatos, sem detalhes de sua vida moral e virtudes. Essa cronologia não nos permite fazer nenhum comentário específico. É um convite implícito para afastá-la. Mais uma vez, parece que sua rica vida foi sabotada, confirmando o que dissemos sobre os preconceitos da escola de piedade sentimental.
Peçamos a Santa Teresa de Portugal - e suas irmãs Santa Mafalda e Santa Sancha - para nos ajudar a encontrar os santos mais contra-revolucionários e trazê-los à luz para a maior glória de Deus.
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Prof. Plinio Corrêa de Oliveira | |
A secção Santo do Dia apresenta trechos escolhidos das vidas dos santos baseada em comentários feitos pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Seguindo o exemplo de São João Bosco que costumava fazer comentários semelhantes para os meninos de seu Oratório, cada noite Prof. Plinio costumava fazer um breve comentário sobre a vida dos santos em uma reunião para os jovens para encorajá-los na prática da virtude e amor à Igreja Católica. TIA do Brasil pensa que seus leitores poderiam se beneficiar desses valiosos comentários.
Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.
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