O Santo do Dia
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Santa Teresa de Lisieux - 3 de Outubro
O sofrimento e a pequena via
Comentários do Prof. Plinio:
Um valioso depoimento da canonização de Santa Teresa do Menino Jesus foi feito por sua irmã Celine, Irmã Geneviève de Santa Teresa. Revela aspectos da vida da santa que poucos conhecem ou dão a devida importância.
As informações neste documento da Igreja são sólidas. Não só Celine estava mais perto de Santa Teresa do que qualquer outra pessoa, mas ela deu este testemunho em um inquérito oficial da Igreja. Assim, é escrupulosamente preciso. Em seu depoimento, ela afirma:
“A serva de Deus seguiu um caminho de simples confiança e total abandono a Deus. Ela chamou isso de sua pequena via da infância espiritual. Ela continuamente correspondia à graça e realizava atos generosos. Foi assim que ela se formou e a suas noviças.”
Isso mostra o papel que a correspondência à graça desempenha na Pequena Via. A maioria das pessoas está muito familiarizada com a doçura da espiritualidade de Santa Teresa, mas negligencia os papéis de correspondência com a graça e o sofrimento.
Fazer isso, no entanto, nega quase todas as páginas dos escritos de Santa Teresinha. Na verdade, ela valorizava tanto o sofrimento que se tornou parte integrante de quem ela era. Celine mostra como essa doçura e sofrimento coexistiram na vida de Santa Teresinha.
Ela diz que Santa Teresinha sempre correspondeu à graça. Tal correspondência é um ato da vontade. Consiste em aceitar o convite à graça. Isso requer sacrifício porque frequentemente obriga a pessoa a se comportar de forma contrária ao que se deseja fazer. Embora Santa Teresinha não seja a santa de grandes sacrifícios, ela constantemente aceitava os pequenos, simples e despretensiosos.
Como esses pequenos sofrimentos eram incessantes, pesavam mais sobre ela do que os grandes. Pelo menos os últimos geralmente vêm em ondas divididas por períodos de descanso. A vida de constante sacrifício de Santa Teresinha demonstra os grandes pequenos sofrimentos de seu caminho.
Céline continua: “Um dia, li a seguinte passagem do Eclesiástico: Toda misericórdia será concedida ao homem de acordo com o mérito de suas obras. Perguntei à Serva de Deus por que ela disse de acordo com o mérito de suas obras. Ela me explicou com paixão que se realmente tivéssemos a espiritualidade de uma criança e essa espiritualidade fosse cheia de auto-entrega e confiança em Deus, então também era cheia de humildade e sacrifício.”
Preste atenção na resposta dela. Santa Teresinha se sustentou no sacrifício.
“Ela continuou dizendo que cada um deve se doar sem reservas, praticar a virtude em todas as circunstâncias e negar-se constantemente. Em uma palavra, ele deve realizar toda boa ação por amor a Deus. ... Este é o desejo das pequenas almas que correm pelo caminho da infância espiritual.”
Ela terminou: “Eu disse intencionalmente que essas almas correm, porque elas nunca ficam para trás.”
Assim, o espírito de sacrifício é a chave da Pequena Via: significa oferecer constantemente pequenos sofrimentos, às vezes grandes, em espírito de infância espiritual, abandono e confiança em Deus.
Santa Teresinha exemplificou esse espírito. Resolveu sempre não pedir nada e aceitar tudo. Certa vez, uma freira estava ajudando-a a arrumar seu hábito e inadvertidamente enfiou um alfinete em sua carne. Fiel a este espírito, Santa Teresinha nunca se queixou e deixou o alfinete onde estava até se retirar para a noite.
Assim fica clara a relação entre a Pequena Via e o sofrimento. Ao mesmo tempo, ainda há algo de misterioso nisso, porque a vida e os escritos de Santa Teresinha, cheios de aflições, também estão impregnados do perfume das rosas.
Quando se lê os Exercícios Espirituais do grande Santo Inácio, que tenho em alta estima, fica de cabelo em pé. No entanto, quando Santa Teresinha escreve a mesma coisa, de alguma forma vem com um sorriso.
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An Unknown Prophecy of St. Therese
A seção Santo do Dia apresenta trechos escolhidos das vidas dos santos baseada em comentários feitos pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira. Seguindo o exemplo de São João Bosco que costumava fazer comentários semelhantes para os meninos de seu Oratório, cada noite Prof. Plinio costumava fazer um breve comentário sobre a vida dos santos em uma reunião para os jovens para encorajá-los na prática da virtude e amor à Igreja Católica. TIA do Brasil pensa que seus leitores poderiam se beneficiar desses valiosos comentários.
Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.
Um valioso depoimento da canonização de Santa Teresa do Menino Jesus foi feito por sua irmã Celine, Irmã Geneviève de Santa Teresa. Revela aspectos da vida da santa que poucos conhecem ou dão a devida importância.
As informações neste documento da Igreja são sólidas. Não só Celine estava mais perto de Santa Teresa do que qualquer outra pessoa, mas ela deu este testemunho em um inquérito oficial da Igreja. Assim, é escrupulosamente preciso. Em seu depoimento, ela afirma:
Santa Teresa sempre correspondeu à graça e abraçou todo sofrimento
Isso mostra o papel que a correspondência à graça desempenha na Pequena Via. A maioria das pessoas está muito familiarizada com a doçura da espiritualidade de Santa Teresa, mas negligencia os papéis de correspondência com a graça e o sofrimento.
Fazer isso, no entanto, nega quase todas as páginas dos escritos de Santa Teresinha. Na verdade, ela valorizava tanto o sofrimento que se tornou parte integrante de quem ela era. Celine mostra como essa doçura e sofrimento coexistiram na vida de Santa Teresinha.
Ela diz que Santa Teresinha sempre correspondeu à graça. Tal correspondência é um ato da vontade. Consiste em aceitar o convite à graça. Isso requer sacrifício porque frequentemente obriga a pessoa a se comportar de forma contrária ao que se deseja fazer. Embora Santa Teresinha não seja a santa de grandes sacrifícios, ela constantemente aceitava os pequenos, simples e despretensiosos.
Como esses pequenos sofrimentos eram incessantes, pesavam mais sobre ela do que os grandes. Pelo menos os últimos geralmente vêm em ondas divididas por períodos de descanso. A vida de constante sacrifício de Santa Teresinha demonstra os grandes pequenos sofrimentos de seu caminho.
Céline continua: “Um dia, li a seguinte passagem do Eclesiástico: Toda misericórdia será concedida ao homem de acordo com o mérito de suas obras. Perguntei à Serva de Deus por que ela disse de acordo com o mérito de suas obras. Ela me explicou com paixão que se realmente tivéssemos a espiritualidade de uma criança e essa espiritualidade fosse cheia de auto-entrega e confiança em Deus, então também era cheia de humildade e sacrifício.”
Preste atenção na resposta dela. Santa Teresinha se sustentou no sacrifício.
Três irmãs Lisieux, Marie, Celine – em pé – e Teresa
Ela terminou: “Eu disse intencionalmente que essas almas correm, porque elas nunca ficam para trás.”
Assim, o espírito de sacrifício é a chave da Pequena Via: significa oferecer constantemente pequenos sofrimentos, às vezes grandes, em espírito de infância espiritual, abandono e confiança em Deus.
Santa Teresinha exemplificou esse espírito. Resolveu sempre não pedir nada e aceitar tudo. Certa vez, uma freira estava ajudando-a a arrumar seu hábito e inadvertidamente enfiou um alfinete em sua carne. Fiel a este espírito, Santa Teresinha nunca se queixou e deixou o alfinete onde estava até se retirar para a noite.
Assim fica clara a relação entre a Pequena Via e o sofrimento. Ao mesmo tempo, ainda há algo de misterioso nisso, porque a vida e os escritos de Santa Teresinha, cheios de aflições, também estão impregnados do perfume das rosas.
Quando se lê os Exercícios Espirituais do grande Santo Inácio, que tenho em alta estima, fica de cabelo em pé. No entanto, quando Santa Teresinha escreve a mesma coisa, de alguma forma vem com um sorriso.
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Santidade é suavidade sentimental ou força de alma?
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Os textos das fichas bibliográficas e dos comentários vêm de notas pessoais tomadas por Atila S. Guimarães de 1964 até 1995. Uma vez que a fonte é um caderno de notas, é possível que por vezes os dados bibliográficos transcritos aqui não sigam rigorosamente o texto original lido pelo Prof. Plinio. Os comentários foram também resumidos e adaptados aos leitores do website de TIA do Brasil.