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Hino Latino Medieval

Dies Irae

Dies Irae, traduzido como o Dia da Ira, é um hino Latino medieval que reflete com santo temor o dia do Juízo Final. Nesse dia, cada um de nós estará diante do tribunal de Deus para responder pelos nossos atos em vida. A conta mais estrita será exigida de cada um de nós. Perante este Juiz, nem mesmo o menor pecado pode ser escondido. Todo ato e pensamento serão revelados, e as almas de toda a humanidade serão peneiradas como trigo. Enquanto os salvos entrarem no Céu, os condenados serão lançados no fogo eterno com Satanás e seus demônios.

Vamos sempre estar atentos da conta que teremos que prestar ao Divino Juiz. Que resposta daremos de nossas vidas quando, naquele dia, até os santos se preocuparão em prestar contas de suas obras? Com um temor reverencial, vamos nos preparar para o julgamento do qual depende a nossa eternidade. Vamos sempre confiar em nossa principal intercessora, a Santíssima Mãe de Deus.

Dies Irae é crido ter se originado no fim do século 13, mas a sua autoria foi por diversas vezes atribuída a Frei Tomás de Celano, Cardeal Latino Malabranca Orsini, São Gregório o Grande, São Bernardo de Claraval e São Boaventura.

Aqui é cantada por Alfred Deller Consort



Ouça o Dies Irae


Letras em Latim:

Dies irae, dies illa,
Solvet saeclum in favilla:
Teste David cum Sibylla.

Quantus tremor est futurus,
Quando iudex est venturus,
Cuncta stricte discussurus.

Tuba mirum spargens sonum,
Per sepulcra regionum,
Coget omnes ante thronum.

Mors stupebit et natura,
Cum resurget creatura,
Iudicanti responsura.

Liber scriptus proferetur,
In quo totum continetur,
Unde mundus iudicetur.

Judex ergo cum sedebit,
Quidquid latet apparebit:
Nil inultum remanebit.

Quid sum miser tunc dicturus?
Quem patronum rogaturus?
Cum vix iustus sit securus.

Rex tremendae maiestatis,
Qui salvandos salvas gratis,
Salva me, fons pietatis.

Recordare Iesu pie,
Quod sum causa tuae viae:
Ne me perdas illa die.

Quaerens me, sedisti lassus:
Redemisti crucem passus:
Tantus labor non sit cassus.

Iuste Iudex ultionis,
Donum fac remissionis,
Ante diem rationis.

Ingemisco, tamquam reus:
Culpa rubet vultus meus:
Supplicanti parce Deus.

Qui Mariam absolvisti,
Et latronem exaudisti,
Mihi quoque spem didisti.

Preces meae non sunt dignae:
Sed tu bonus fac benigne,
Ne perenni cremer igne.

Inter oves locum praesta,
Et ab haedis me sequestra,
Statuens in parte dextra.

Confutatis maledictis,
Flammis acribus addictis,
Voca me cum benedictis.

Oro supplex et acclinis,
Cor contritum quasi cinis:
Gere curam mei finis.

Lacrimosa dies illa,
Qua resurget ex favilla.

Judicandus homo reus:
Huic ergo parce Deus.

Pie Iesu Domine,
Dona eis requiem. Amen.


Tradução:


Dia de ira, Podre argila,
O orbe em cinza ele aniquila:
Diz David com a Sibila.

Que terror ao viador,
Quando o eterno julgador
Vier julgá-lo em seu rigor!

Eis que a tuba esparge o tono,
E, despertos do atro tono,
Correm todos ante o trono.

Treme a morte co’a natura
Ressurgindo a criatura
Para o feito que a procura.

Abre-se um livro fatal;
Dele consta o bem e o mal
Pensos ao terrestre val.

Do juiz postado o vulto
Será claro o que era oculto:
Nada mais sobeja inulto.

Que direi ao meu abono?
A quem rogarei patrono,
Vendo o justo no abandono?

Rei tremendo em majestade,
Que, em salvando, tens bondade,
Vem salvar-me em tua piedade!.

Ah! Recorda, ó bom Jesus,
Que por mim sofreste a cruz;
Não me prives da tua luz!.

Em buscando a mim, cansaste;
Sobre a cruz mando expiaste;
Baldo é quanto elaboraste?

Justo juiz vingador,
Faze a graça ao pecador
Antes do dia de horror!

Como réu eu gemo aflito;
Enrubesce-me o delito;
Poupa a quem ora contrito!

Se Maria tu indultaste,
E ao ladrão meigo escutaste,
a mim também esperançaste.

Minhas preces não são dignas;
Mas, me guardem mãos benignas
De eternais fráguas malignas.

Dá-me estar com a ovelha mansa,
Não dos capozes na aliança,
De tua destra à vizinhança.

Quando os maus alfim desfeitos,
Gemam sobres os ígneos leitos,
Dá que eu esteja entre os eleitos.

Oro súplice e prostrado,
Coração bem triturado;
De meu fim, ah! tem cuidado!

Dia aquele de amargura;
Sai do pó da sepultura.

P’ra o juízo a criatura.
Poupe-os, oh, Deus.

Dela, ó Deus, enxuga o pranto!
Dá, Jesus, dentro em teu manto,
Desses o repouso santo! Amém.



  
 
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O Último Julgamento por Hans Memling
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burbtn.gif - 43 Bytes   Simbolismo do Juízo Final



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