Quando consideramos as principais características da Igreja Conciliar, percebe-se que entre elas se destaca a tolerância. A base do ecumenismo é o conceito de que se deve tolerar os erros das falsas religiões. A base do aggiornamento – isto é, a adaptação da Igreja ao mundo moderno - também é a noção de tolerância em relação aos princípios revolucionários representados pelo mundo moderno. Pode-se dizer com segurança que a tolerância é a base das duas principais iniciativas do Concílio Vaticano II e das reformas que foram aplicadas no período pós-Conciliar.
Deus Pai, usando os símbolos de um Imperador, carrega uma espada enquanto julga uma alma. O Livro das Horas de Rohan, século 15 |
Outra ação importante da Nova Igreja no âmbito político-social é seu esforço em favor da paz. Qualquer guerra - pelo fato de ser uma guerra - é considerada má. Isso é expresso no Encíclica Pacem in terris por João XXIII, como também em importantes trechos do documento conciliar Gaudium et spes. Lembro-me de que na visita que ele fez à Terra Santa, Paulo VI planejou uma viagem ao Vale do Armagedom. As senhoras e senhores aqui presentes certamente lembrarão que, de acordo com muitos intérpretes, a última batalha da História acontecerá no Vale do Armagedom. Seria a batalha entre Nosso Senhor e o Anticristo, a batalha da vitória final de Jesus Cristo.
Paulo VI, no entanto, queria caminhar pelo Vale do Armagedom, gritando em hebraico: "Shalom, shalom!" Ou seja, o Vigário de Cristo queria ir ao local da última batalha e expressar simbolicamente que não deveria haver outra guerra.
Assim, a tolerância é uma nota-chave da nova religião que está sendo instilada pelos seguidores do progressismo.
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