Não existe Igreja de Cristo
fora da Igreja Católica
Já transcrevemos muitos textos de Papas dos séculos 19 e 20 que proíbem o ecumenismo. Para mostrar a unidade que existe nos ensinamentos papais contra o ecumenismo ao longo dos séculos, nada é mais oportuno do que citar a Bula Unam Sanctam do Papa Bonifácio VIII, publicado em 18 de novembro de 1302.
Nele, ele é categórico ao afirmar que ninguém fora da Igreja Católica pode alcançar a salvação eterna. Ele também é inequívoco ao identificar a Igreja Católica com a Igreja de Cristo, pondo de lado o sofisma conciliar de que a Igreja de Cristo supostamente é maior que a Igreja Católica e também abrange algumas religiões falsas.
Papa Bonifácio VIII
Una, Santa, Católica e Apostólica: esta é a Igreja que devemos crer e professar já que é isso o que a ensina a fé. Nesta Igreja cremos com firmeza e com simplicidade testemunhamos. Fora dela não há salvação, nem remissão dos pecados, como declara o esposo no Cântico: “Uma só é minha pomba sem defeito. Uma só a preferida pela mãe que a gerou.” Ela representa o único corpo místico, cuja cabeça é Cristo e Deus é a cabeça de Cristo. Nela existe “um só Senhor, uma só fé e um só batismo.”
De fato, apenas uma foi a arca de Noé na época do dilúvio; ela foi a figura antecipada da única Igreja; encerrada com "um côvado" (Gn 6,16), teve um único piloto e um único chefe: Noé. Como lemos, tudo o que existia fora dela, sobre a terra, foi destruído.
A esta única Igreja, nós a veneramos, como diz o Senhor pelo profeta: "Salva minha vida da espada, meu único ser, da pata do cão" (Sl 21,21). Ao mesmo tempo que Ele pediu pela alma - ou seja, pela cabeça - também pediu pelo corpo, porque chamou o seu corpo como único, isto é, a Igreja, por causa da unidade da Igreja no seu esposo, na fé, nos sacramentos e na caridade. Ela é a veste sem costura (Jo 19,23) do Salvador, que não foi dividida, mas tirada à sorte.
(Bonifácio VIII, Bula Unam Sanctam,
em Giorgio Pallieri - Giulio Vismara, Acta Pontificia Juris Gentium,
Milão: Società Editrice Vita e Pensiero, 1946, p. 8, n. 27)
Postado em 1 de agosto de 2020
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