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Papa São Pio X condena Papa Francisco

Enquanto testemunhamos diariamente os esforços do Papa Francisco para diminuir a importância da Fé Católica a fim de promover uma união de religiões e uma ação comum de religiosos ou a-religiosos trabalhando juntos para a solução dos problemas sociais, a condenação de São Pio X dos erros do movimento Sillon vem à mente.

Na verdade, esses erros condenados no início do século 20 como sendo opostos à Fé Católica e qualificados como apostasia na Encíclica Notre Charge Apostolique é precisamente os mesmos que vemos o Papa Francisco disseminando hoje. Assim, temos dois ensinamentos opostos: um, de acordo com o Magistério de 1.900 anos, outro, negando todo este passado e defendendo uma Pan-religião. Estamos testemunhando Papa contra Papa; Igreja contra Igreja.

Papa São Pio X

Houve um tempo em que o Sillon, como tal, era verdadeiramente Católico. Reconheceu apenas uma força moral - o Catolicismo; e os Sillonistas proclamaram que a democracia teria de ser Católica ou não existiria. Chegou um momento em que eles mudaram de ideia. Eles deixaram a cada um sua religião ou sua filosofia. … Para a construção da Cidade do Futuro, eles apelaram aos trabalhadores de todas as religiões e todas as seitas. A estes foi pedido apenas uma coisa: compartilhar o mesmo ideal social, respeitar todos os credos e trazer com eles uma certa quantidade de força moral.

Assim, eles pedem a todos aqueles que querem mudar a sociedade de hoje em direção à Democracia, não se oporem por convicções filosóficas ou religiosas que podem separá-los, mas marchar de mãos dadas; não renunciando às suas convicções, mas procurando fornecer, com base nas realidades práticas, a prova da excelência das suas convicções pessoais.

O que devemos pensar deste apelo a todos os heterodoxos e a todos os incrédulos para provar a excelência de suas convicções na esfera social em uma espécie de competição apologética? … O que devemos pensar deste respeito por todos os erros, e deste estranho convite feito por um Católico a todos os dissidentes para fortalecer suas convicções por meio do estudo para que possam ter fontes cada vez mais abundantes de novas forças? …

Ai de mim! Sim, a ambiguidade foi esclarecida: A ação social do Sillon não é mais Católico. … Mas mais estranho ainda, alarmante e triste ao mesmo tempo, é a audácia e frivolidade de homens que se dizem Católicos e sonham em remodelar a sociedade sob tais condições, e de se estabelecer na terra, além dos limites da Igreja Católica, "o reino do amor e da justiça" com trabalhadores vindos de todos os lugares, de todas as religiões e sem religião, com ou sem crenças, desde que renunciem ao que os possa dividir - suas convicções religiosas e filosóficas - e desde que compartilhem o que os une

O que eles vão produzir? O que virá dessa colaboração? Uma mera construção verbal e quimérica na qual veremos, resplandecendo em desordem e em sedutora confusão, as palavras Liberdade, Justiça, Fraternidade, Amor, Igualdade e exultação humana, todas apoiadas numa mal compreendida dignidade humana. Será uma agitação tumultuada, estéril para o fim proposto, que beneficiará os exploradores menos utópicos do povo. Sim, podemos verdadeiramente dizer que o Sillon, com os olhos fixos numa quimera, traz o Socialismo na sua esteira.

E agora, dominados pela mais profunda tristeza, nos perguntamos, veneráveis irmãos, o que aconteceu com o Catolicismo do Sillon? Ai de mim! Esta organização que antes proporcionava tais expectativas promissoras, esta corrente límpida e impetuosa, foi aproveitada em seu curso pelos modernos inimigos da Igreja, e agora não é mais do que uma corrente miserável do grande movimento de apostasia que está sendo organizado em todos os países para o estabelecimento de uma Pan-religião, que não terá dogmas nem hierarquia, nem disciplina para a mente, nem freios para as paixões, e que, sob o pretexto da liberdade e da dignidade humana, voltaria ao mundo - se tal Igreja pudesse conquistar - o reino da astúcia e força legalizadas, e da opressão dos fracos e de todos aqueles que labutam e sofrem.

((São Pio X, Notre Charge Apostolique, §§ 30-36)

Postado em 5 de setembro de 2020