Conversas com Janete
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E Hagia Sophia se torna uma Mesquita ... de novo
Um leitor recentemente dirigiu esta questão à TIA sobre a conversão de Hagia Sophia (antiga Catedral de Santa Sofia) em Constantinopla em uma mesquita em 24 de julho de 2020:
Por alguma razão, muitos Católicos pensam que a grande Hagia Sophia ainda é uma catedral cismática e foi recentemente entregue aos Muçulmanos como um gesto ecumênico de boa vontade. Não é o que aconteceu.
Na verdade, uma vez que a Hagia Sophia era gloriosamente Católica, construída por Constantino I em 306 em Constantinopla. A igreja recebeu esse nome porque Constantino a dedicou à Sagrada Sabedoria [em Grego Hagia Sophia], o Logos, a Segunda Pessoa da Trindade. Meio século depois, o fogo a destruiu.
No século 6, o Imperador Justiniano reconstruiu a atual cúpula Hagia Sophia para torná-la a maior e mais grandiosa Igreja Católica no mundo. Ele ficou tão satisfeito com o resultado que, na dedicação, o Imperador proclamou, "Salomão, eu o superei."
A parte triste da história começa com o Grande Cisma de 1054, quando a Igreja Oriental se separou de Roma e usurpou a Hagia Sophia, que se tornou a sede e o edifício mais representativo da Seita Cismática.
A história vai de triste a desolada
Em 1453, os Turcos Otomanos tomaram a cidade e se tornaram governantes da Turquia. O sultão construiu um palácio próximo a Hagia Sophia e transformou a igreja em uma mesquita. Os sinos, altar, iconóstase, ambão e batistério foram removidos e as relíquias destruídas. Os mosaicos que representam Nosso Senhor, Nossa Senhora, os Santos e os Anjos foram destruídos ou rebocados.
No século 20, os Muçulmanos mudaram o nome da cidade para Istambul, mas a grande igreja continuou a ser chamada de Hagia Sophia.
De mesquita a museu
Durante cinco séculos, os Sarracenos realizaram seus serviços ali. Em 1923, Mustafa Kemal Atatürk expulsou países estrangeiros da Turquia e estabeleceu uma república parlamentar secular - não Islâmica. Os cismáticos pediram a volta de Sophia Hagia e os Muçulmanos queriam mantê-la como sua mesquita. Atatürk decidiu agradar a órgãos internacionais e decretou que se tornasse um museu aberto a todos.
Depois do Vaticano II, foi usado pelos Papas progressistas para fins ecumênicos. Oferecendo exemplos da arte Cristã e Islâmica, a Hagia Sophia foi visitada por Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI e o Papa Francisco.
Em 1985, o museu foi declarado patrimônio mundial da UNESCO, um símbolo da Religião Única Mundial tão desejada pelas Nações Unidas. Esta foi a situação acolhedora para os promotores de uma República Universal até sexta-feira, 24 de julho de 2020, quando a Hagia Sophia voltou a ser mesquita.
Foi uma vitória simbólica do Crescente, revertendo aquela secularização feita por Atatürk.
Não é absolutamente certo o que acontecerá com os ícones de mil anos que representam Cristo e a Virgem Maria e que adornam as paredes e tetos maciços. Eles tinham sido rebocados pelos Muçulmanos uma vez e foram descobertos e restaurados quando a Hagia Sophia foi convertida em um museu.
As autoridades Turcas anunciaram que as imagens permanecerão, mas que devem ser cobertas por uma cortina durante os momentos de oração. Mas nenhuma garantia vem com o anúncio.
Reações à transferência
Nosso leitor percebeu a indiferença geral ou, no máximo, a decepção pacífica expressa sobre o que aconteceu à outrora Catedral Católica.
“Nossa resposta à indignação que está sendo realizada hoje só pode vir através da oração,” disse o metropolita Agathangelos de Fanar da Grécia em um comunicado na semana passada. O arcebispo cismático Americano Eipidophoros ordenou que as bandeiras fossem hasteadas a meio mastro e os sinos das igrejas dobrariam em lamentação no dia da inauguração da mesquita.
Francisco fez ainda menos. Durante seu discurso no Angelus de 12 de julho, ele disse que estava “muito magoado” com a decisão, o único comentário que o Vaticano fez.
Os Bispos Católicos da Turquia foram completamente passivos. “Embora desejemos que Hagia Sophia mantenha seu caráter de museu, não cabe a nós intervir ou mesmo dar nossa opinião sobre uma decisão que diz respeito apenas à República da Turquia,” disseram.
A UNESCO, agência cultural das Nações Unidas, divulgou um comunicado dizendo que "lamenta profundamente a decisão" tomada "sem discussão prévia." Foi provavelmente a voz mais enfática da dissidência quando seus diretores lamentaram a "perda" de um símbolo poderoso para o diálogo."
Comentário
E assim chegamos ao comentário solicitado sobre este ato real de entregar Hagia Sophia novamente aos Muçulmanos.
Quando a Hagia Sophia deixou de ser Católica com sua usurpação pelos cismáticos em 1054, as mudanças que aconteceram depois disso são circunstanciais. Passou dos cismáticos aos Muçulmanos, dos Muçulmanos ao poder secular do Estado e agora voltou a ser Muçulmano. Nessas diferentes situações, a Catedral passou de usurpador cismático/herege a usurpador pagão ou ateu.
É como um homem que perde a saúde e sofre de diversas doenças ao longo dos anos. Ele pode lamentar que esta ou aquela doença seja pior do que a primeira. Mas, na verdade, a única coisa que conta é que ele não recuperou a saúde.
Analogamente, depois que a Igreja Católica perdeu Hagia Sophia no século 11, as diferentes seitas que se tornaram suas usurpadoras podem ser comparadas - os Muçulmanos são piores do que os cismáticos, o Governo Secular é mais relativista que ambas falsas religiões - mas a única coisa que o que realmente conta é que não é mais Católica.
Podemos lamentar que agora tenha se tornado um lugar Muçulmano, em vez de um museu. Mas, também era uma situação ruim quando era um museu.
O que devemos fazer não é dizer que estava em boa situação e agora ficou ruim. O que devemos fazer é rezar para que logo chegue o dia em que os Católicos restaurem a Cristandade, começando pela restauração do Papado e purificando-o completamente do Progressismo.
Esperamos que, quando a situação atual acabar e Nossa Senhora triunfar sobre a Revolução, a Hagia Sofia volte a ser Católica e tenha uma magnífica cerimónia de purificação e restauração.
Até que isso aconteça, podemos voltar nossos olhos para a História e admirar como ocorreu uma autêntica reação Católica na Reconquista Cristã da Espanha Mourisca que se estendeu por um período de quase oito séculos (711-1492), que terminou com a vitória da Cristandade.
Com cada vitória Católica, quase o primeiro ato foi tomar a mesquita principal e restaurá-la e consagrá-la novamente como uma Catedral ou Igreja Católica. Foi o que aconteceu em Toledo (1085), Saragoça (1118), Valência (1238), Córdoba (1236), Sevilha (1248) e Granada (1492), para citar alguns casos mais notáveis (1). Espero que, em relação a Hagia Sophia, possamos testemunhar com alegria algo semelhante acontecendo no futuro.
“Dada a atualidade do tema deste artigo (7 de agosto de 2020), TIA do Brasil resolveu republicá-lo - mesmo se alguns dados são antigos - para benefício de nossos leitores.”
Estou escrevendo para agradecer o site e para incentivá-lo a continuar o bom combate. É por isso que me chamou a atenção não ter visto um artigo nem um comentário sobre a recente reabertura da Catedral de Hagia Sofia para orações Muçulmanas.História da Hagia Sophia
Também não vi um artigo sobre a falta de condenação oficial por parte das autoridades Católicas (não que eu espere uma delas). Tenho certeza que muitos de nós apreciaríamos ler seus comentários sobre este assunto, pois parece que nada aconteceu. A única condenação de que ouvi falar é de um ministro Grego, tendo eles baixado a bandeira a meio mastro.
Por alguma razão, muitos Católicos pensam que a grande Hagia Sophia ainda é uma catedral cismática e foi recentemente entregue aos Muçulmanos como um gesto ecumênico de boa vontade. Não é o que aconteceu.
Muçulmanos oram fora da Hagia Sophia
No século 6, o Imperador Justiniano reconstruiu a atual cúpula Hagia Sophia para torná-la a maior e mais grandiosa Igreja Católica no mundo. Ele ficou tão satisfeito com o resultado que, na dedicação, o Imperador proclamou, "Salomão, eu o superei."
A parte triste da história começa com o Grande Cisma de 1054, quando a Igreja Oriental se separou de Roma e usurpou a Hagia Sophia, que se tornou a sede e o edifício mais representativo da Seita Cismática.
A história vai de triste a desolada
Em 1453, os Turcos Otomanos tomaram a cidade e se tornaram governantes da Turquia. O sultão construiu um palácio próximo a Hagia Sophia e transformou a igreja em uma mesquita. Os sinos, altar, iconóstase, ambão e batistério foram removidos e as relíquias destruídas. Os mosaicos que representam Nosso Senhor, Nossa Senhora, os Santos e os Anjos foram destruídos ou rebocados.
No século 20, os Muçulmanos mudaram o nome da cidade para Istambul, mas a grande igreja continuou a ser chamada de Hagia Sophia.
De mesquita a museu
Durante cinco séculos, os Sarracenos realizaram seus serviços ali. Em 1923, Mustafa Kemal Atatürk expulsou países estrangeiros da Turquia e estabeleceu uma república parlamentar secular - não Islâmica. Os cismáticos pediram a volta de Sophia Hagia e os Muçulmanos queriam mantê-la como sua mesquita. Atatürk decidiu agradar a órgãos internacionais e decretou que se tornasse um museu aberto a todos.
Bento XVI e Francisco visitaram a Hagia Sophia como gestos ecumênicos
Em 1985, o museu foi declarado patrimônio mundial da UNESCO, um símbolo da Religião Única Mundial tão desejada pelas Nações Unidas. Esta foi a situação acolhedora para os promotores de uma República Universal até sexta-feira, 24 de julho de 2020, quando a Hagia Sophia voltou a ser mesquita.
Foi uma vitória simbólica do Crescente, revertendo aquela secularização feita por Atatürk.
Não é absolutamente certo o que acontecerá com os ícones de mil anos que representam Cristo e a Virgem Maria e que adornam as paredes e tetos maciços. Eles tinham sido rebocados pelos Muçulmanos uma vez e foram descobertos e restaurados quando a Hagia Sophia foi convertida em um museu.
As autoridades Turcas anunciaram que as imagens permanecerão, mas que devem ser cobertas por uma cortina durante os momentos de oração. Mas nenhuma garantia vem com o anúncio.
Reações à transferência
Nosso leitor percebeu a indiferença geral ou, no máximo, a decepção pacífica expressa sobre o que aconteceu à outrora Catedral Católica.
Muçulmanos acrescentaram minaretes quando a tomaram dos cismáticos no século 15
Francisco fez ainda menos. Durante seu discurso no Angelus de 12 de julho, ele disse que estava “muito magoado” com a decisão, o único comentário que o Vaticano fez.
Os Bispos Católicos da Turquia foram completamente passivos. “Embora desejemos que Hagia Sophia mantenha seu caráter de museu, não cabe a nós intervir ou mesmo dar nossa opinião sobre uma decisão que diz respeito apenas à República da Turquia,” disseram.
A UNESCO, agência cultural das Nações Unidas, divulgou um comunicado dizendo que "lamenta profundamente a decisão" tomada "sem discussão prévia." Foi provavelmente a voz mais enfática da dissidência quando seus diretores lamentaram a "perda" de um símbolo poderoso para o diálogo."
Comentário
E assim chegamos ao comentário solicitado sobre este ato real de entregar Hagia Sophia novamente aos Muçulmanos.
Quando a Hagia Sophia deixou de ser Católica com sua usurpação pelos cismáticos em 1054, as mudanças que aconteceram depois disso são circunstanciais. Passou dos cismáticos aos Muçulmanos, dos Muçulmanos ao poder secular do Estado e agora voltou a ser Muçulmano. Nessas diferentes situações, a Catedral passou de usurpador cismático/herege a usurpador pagão ou ateu.
A Catedral de Granada, conquistada pelos Católicos em 1492; abaixo a Catedral de Córdoba
Analogamente, depois que a Igreja Católica perdeu Hagia Sophia no século 11, as diferentes seitas que se tornaram suas usurpadoras podem ser comparadas - os Muçulmanos são piores do que os cismáticos, o Governo Secular é mais relativista que ambas falsas religiões - mas a única coisa que o que realmente conta é que não é mais Católica.
Podemos lamentar que agora tenha se tornado um lugar Muçulmano, em vez de um museu. Mas, também era uma situação ruim quando era um museu.
O que devemos fazer não é dizer que estava em boa situação e agora ficou ruim. O que devemos fazer é rezar para que logo chegue o dia em que os Católicos restaurem a Cristandade, começando pela restauração do Papado e purificando-o completamente do Progressismo.
Esperamos que, quando a situação atual acabar e Nossa Senhora triunfar sobre a Revolução, a Hagia Sofia volte a ser Católica e tenha uma magnífica cerimónia de purificação e restauração.
Até que isso aconteça, podemos voltar nossos olhos para a História e admirar como ocorreu uma autêntica reação Católica na Reconquista Cristã da Espanha Mourisca que se estendeu por um período de quase oito séculos (711-1492), que terminou com a vitória da Cristandade.
Com cada vitória Católica, quase o primeiro ato foi tomar a mesquita principal e restaurá-la e consagrá-la novamente como uma Catedral ou Igreja Católica. Foi o que aconteceu em Toledo (1085), Saragoça (1118), Valência (1238), Córdoba (1236), Sevilha (1248) e Granada (1492), para citar alguns casos mais notáveis (1). Espero que, em relação a Hagia Sophia, possamos testemunhar com alegria algo semelhante acontecendo no futuro.
- Kroesen, Justin E.A. “Das mesquitas às Catedrais: convertendo o espaço sagrado durante a Reconquista Espanhola.” Mediaevistik, vol. 21, 2008, pp. 113–137. JSTOR, www.jstor.org/stable/42586616. Accessed 5 Ago. 2020.
Postado em 6 de novembro de 2020
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