Teologia da História
O Julgamento das Nações - V
Ana Maria Taigi: Triunfo da Igreja
e do Restaurador
No artigo anterior, vimos que a Beata Ana Maria Taigi (1769-1837) previu um grande castigo nos Últimos Tempos, que terminaria com uma vitória surpreendente do Céu e a restauração de nossa Santa Igreja e Civilização Católica.
Ela também predisse os Três Dias de Trevas que cairiam sobre o mundo, nos quais a única luz e segurança para os Católicos seria na presença de uma vela benta. Por se tratar de uma profecia particular, os Católicos não são obrigados pela Fé a acreditar no que Ana Maria Taigi viu no “sol místico” que sempre esteve diante de seus olhos.
No entanto, desde as profecias da Vidente, escritas à mão durante sua vida pelo Mons. Raffaele Natali, foram julgadas louváveis e dignas de crença em seu processo de Beatificação, parece insensato ignorá-las apressadamente, especialmente porque o mesmo aviso de uma escuridão que desce foi feita por outros Santos e místicos aprovados pela Igreja.
Não esqueçamos que as Escrituras (aqui e aqui), também confirmam um Julgamento das Nações que ocorrerá nos Últimos Tempos, um castigo repentino e tremendo seguido por um longo período de paz na Terra.
Além disso, a abertura do sexto selo no Apocalipse prediz uma escuridão sensível quando diz que, depois de um grande terremoto, o sol se tornou tão negro como saco de crina. (Apoc 6,12) Pois, se o sol escurecer, não haverá luz na terra. Assim como o Senhor castigou os Egípcios com trevas, Ele pode punir o mundo moderno mais culpado com uma escuridão universal ainda maior. (1)
Para aqueles Católicos que insistem que estamos no Fim dos Tempos, que observem que a terrível cena descrita aqui no Apocalipse não se refere à revolta no fim do mundo, porque é seguida por uma grande restauração religiosa na abertura do sexto selo e o som da sexta trombeta.
Este castigo dos Últimos Tempos, então, não representa o Juízo Final no fim do mundo, mas, como observa o Pe. Gaudentius Rossi em A Trombeta Cristã, será "uma espécie de pré-julgamento dos vivos," (2) o Julgamento das Nações que antecede o Reino de Maria.
O triunfo da Igreja e do Restaurador
A purificação feita por Deus por esses meios terá um único objetivo: a restauração da Igreja Católica com toda a honra que lhe é devida e a restauração da Civilização Cristã.
Das notas tiradas por Mons. Natali, lemos o que Nosso Senhor lhe disse: 'Quando a Igreja renovada se concretizar, poucos permanecerão, muito poucos, e eles ficarão extremamente surpresos e cheios de medo ao ver tudo o que foi feito por Deus, como devem amar a Deus e o que eles sofreram por Deus. (...) Não é para você [Maria Taigi] ver isso."
Ela também falou do Reino de Maria, quando todas as religiões se converterão ao Catolicismo. Ela disse que, depois que o castigo acabar, em meio a grandes convulsões da natureza e perda de vidas, uma era celestial começará, um triunfo tão grande e surpreendente que ela ficou estupefata.
A seguir estão as palavras de Jesus Cristo à Beata Ana Maria, ao ver um homem no futuro que terá um papel fundamental em sua Restauração:
"Você o vê? Observa. Contempla-o. Eis a alma apostólica, o homem que luta pela vinha, igual àqueles que tanto lutaram pela Minha glória. Seus esforços, seu suor, suas obras serão recompensados no Paraíso com uma glória que nenhuma mente humana pode imaginar. O amor que tenho por esta pessoa é tão grande que só será conhecido no Paraíso. Ele é um homem verdadeiramente zeloso. Um homem sem mancha. Ele não tem fins humanos, não interesse próprio e, desde a mais tenra juventude, o vício da bajulação nunca o tocou." (3)
Aqui, observo que esta profecia apoia o que Santa Hildegarda viu, "o inocente" que iria dirigir a restauração da Igreja e da Civilização Cristã.
Alguns conselhos para o 'dia definitivo'
A Beata Ana Maria sabia que nunca veria este “dia definitivo” em que Deus triunfaria sobre todos os inimigos da Igreja. Em 13 de setembro de 1831, a própria Nossa Senhora, dirigindo-se aos bons que estariam sofrendo naqueles dias terríveis, disse à vidente:
"Agora não é tempo de milagres, porque ainda não chegou a hora da Igreja voltar ao seu primeiro estado. Meus filhos, eis a vossa Mãe. Eu os abençôo, Meu Pai os abençoa, mas vocês devem ser bons, sejam bons, sejam bons. Vocês devem sofrer com boa disposição até que o Espírito Santo venha para vos incendiar de amor e acabar com este mundo iníquo. Eles terão chegado ao fim. Eles terão sofrido quase tudo. Todos os reinos, cidades, povos, castelos, províncias se encontrarão sofrendo, com problemas, tribulações e tormentos até o dia definitivo. (4)
Certa vez, ela perguntou a Deus quem resistiria a essa terrível provação. Ele respondeu: "Aqueles a quem concederei o espírito de humildade."
Por isso Ana Maria Taigi estabeleceu na própria família o costume de rezar depois do Rosário (o terço), três Padres Nossos, Ave-Marias e Glórias com o intuito de pedir a misericórdia e infinita bondade da Santíssima Trindade para mitigar o flagelo que Sua justiça reservou para aqueles tempos calamitosos. Ela viu esse castigo inúmeras vezes em seu "sol místico." (9)
A Beata Ana Maria aconselhou os fiéis a procurarem as velas bentas, as únicas que iluminarão na escuridão; também, permanecer em oração, recitar o santo Rosário, e não se afastar da luz da vela ou olhar para fora por ociosidade ou curiosidade vã.
Coisas simples de preparar e manter em mente, mesmo para quem tem dúvidas sobre revelações privadas. Como o Dr. Plínio observou certa vez ao comentar sobre o costume de guardar uma vela benta para o castigo vindouro:
“Eu tenho uma vela benta para este propósito em minha casa. Meu pensamento é bastante simples: não estou preocupado em investigar se a revelação original é verdadeira ou falsa. Ter uma vela benta é uma coisa boa, portanto, eu tenho uma. Então, se vierem os três dias de trevas, estou preparado. Se não acontecerem, não perco nada por ter uma vela benta comigo. Pelo contrário, só posso me beneficiar em tê-la. Posso usar a vela quando eu morrer, ou dar a outra pessoa que pode morrer em minha casa."
Continua
Beata Ana Maria Taigi com seus filhos
No entanto, desde as profecias da Vidente, escritas à mão durante sua vida pelo Mons. Raffaele Natali, foram julgadas louváveis e dignas de crença em seu processo de Beatificação, parece insensato ignorá-las apressadamente, especialmente porque o mesmo aviso de uma escuridão que desce foi feita por outros Santos e místicos aprovados pela Igreja.
Não esqueçamos que as Escrituras (aqui e aqui), também confirmam um Julgamento das Nações que ocorrerá nos Últimos Tempos, um castigo repentino e tremendo seguido por um longo período de paz na Terra.
Além disso, a abertura do sexto selo no Apocalipse prediz uma escuridão sensível quando diz que, depois de um grande terremoto, o sol se tornou tão negro como saco de crina. (Apoc 6,12) Pois, se o sol escurecer, não haverá luz na terra. Assim como o Senhor castigou os Egípcios com trevas, Ele pode punir o mundo moderno mais culpado com uma escuridão universal ainda maior. (1)
O sol fica negro, a lua fica vermelha como o sangue, o céu recua como um pergaminho enrolando
Este castigo dos Últimos Tempos, então, não representa o Juízo Final no fim do mundo, mas, como observa o Pe. Gaudentius Rossi em A Trombeta Cristã, será "uma espécie de pré-julgamento dos vivos," (2) o Julgamento das Nações que antecede o Reino de Maria.
O triunfo da Igreja e do Restaurador
A purificação feita por Deus por esses meios terá um único objetivo: a restauração da Igreja Católica com toda a honra que lhe é devida e a restauração da Civilização Cristã.
Das notas tiradas por Mons. Natali, lemos o que Nosso Senhor lhe disse: 'Quando a Igreja renovada se concretizar, poucos permanecerão, muito poucos, e eles ficarão extremamente surpresos e cheios de medo ao ver tudo o que foi feito por Deus, como devem amar a Deus e o que eles sofreram por Deus. (...) Não é para você [Maria Taigi] ver isso."
Após o terrível castigo, uma grande vitória
A seguir estão as palavras de Jesus Cristo à Beata Ana Maria, ao ver um homem no futuro que terá um papel fundamental em sua Restauração:
"Você o vê? Observa. Contempla-o. Eis a alma apostólica, o homem que luta pela vinha, igual àqueles que tanto lutaram pela Minha glória. Seus esforços, seu suor, suas obras serão recompensados no Paraíso com uma glória que nenhuma mente humana pode imaginar. O amor que tenho por esta pessoa é tão grande que só será conhecido no Paraíso. Ele é um homem verdadeiramente zeloso. Um homem sem mancha. Ele não tem fins humanos, não interesse próprio e, desde a mais tenra juventude, o vício da bajulação nunca o tocou." (3)
Aqui, observo que esta profecia apoia o que Santa Hildegarda viu, "o inocente" que iria dirigir a restauração da Igreja e da Civilização Cristã.
Alguns conselhos para o 'dia definitivo'
A Beata Ana Maria sabia que nunca veria este “dia definitivo” em que Deus triunfaria sobre todos os inimigos da Igreja. Em 13 de setembro de 1831, a própria Nossa Senhora, dirigindo-se aos bons que estariam sofrendo naqueles dias terríveis, disse à vidente:
"Agora não é tempo de milagres, porque ainda não chegou a hora da Igreja voltar ao seu primeiro estado. Meus filhos, eis a vossa Mãe. Eu os abençôo, Meu Pai os abençoa, mas vocês devem ser bons, sejam bons, sejam bons. Vocês devem sofrer com boa disposição até que o Espírito Santo venha para vos incendiar de amor e acabar com este mundo iníquo. Eles terão chegado ao fim. Eles terão sofrido quase tudo. Todos os reinos, cidades, povos, castelos, províncias se encontrarão sofrendo, com problemas, tribulações e tormentos até o dia definitivo. (4)
Em 1865, seu caixão foi aberto e o corpo estava incorrupto; em 1920 foi reaberto e não mais incorrupto. Uma cobertura de cera preserva sua fisionomia
Por isso Ana Maria Taigi estabeleceu na própria família o costume de rezar depois do Rosário (o terço), três Padres Nossos, Ave-Marias e Glórias com o intuito de pedir a misericórdia e infinita bondade da Santíssima Trindade para mitigar o flagelo que Sua justiça reservou para aqueles tempos calamitosos. Ela viu esse castigo inúmeras vezes em seu "sol místico." (9)
A Beata Ana Maria aconselhou os fiéis a procurarem as velas bentas, as únicas que iluminarão na escuridão; também, permanecer em oração, recitar o santo Rosário, e não se afastar da luz da vela ou olhar para fora por ociosidade ou curiosidade vã.
Coisas simples de preparar e manter em mente, mesmo para quem tem dúvidas sobre revelações privadas. Como o Dr. Plínio observou certa vez ao comentar sobre o costume de guardar uma vela benta para o castigo vindouro:
“Eu tenho uma vela benta para este propósito em minha casa. Meu pensamento é bastante simples: não estou preocupado em investigar se a revelação original é verdadeira ou falsa. Ter uma vela benta é uma coisa boa, portanto, eu tenho uma. Então, se vierem os três dias de trevas, estou preparado. Se não acontecerem, não perco nada por ter uma vela benta comigo. Pelo contrário, só posso me beneficiar em tê-la. Posso usar a vela quando eu morrer, ou dar a outra pessoa que pode morrer em minha casa."
- Testemunho de Mons. Raffaele Natali, processo de Beatificação (Proc. Ord. Fol. 695-696), apud Mons. Carlo Salotti, La Beata Anna Maria Taigi secondo la storia e la critica, Rome: Libreria Editrice Religiosa, 1922, pp. 340-342
- Gaudentius Rossi [alia Pellegrino], A Trombeta Cristã: Previsões e Predições sobre Calamidades Gerais Iminentes, O Triunfo Universal da Igreja, A Vinda do Anticristo, O Juízo Final e O Fim do Mundo, Boston: Thos. B Noonand & Co.,.1873, pp. 61-67
- Testemunho de Mons. Raffaele Natali, Processo de Beatificação, Vol. IX, apud ibid., p. 118; ;Vol. VII, p. 380;
- Pe. Gabriel Bouffier S.J., La Vénérable Servante de Dieu Anna-Maria Taigi d'après les documents authentiques du procès de sa béatification, Paris: Ambroise Bray, 1865, pp. 251-252.
Postado em 5 de fevereiro de 2021
Publicação original em Inglês em 2 de outubro de 2020