Fé sob Ataque
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Falsas Devoções a Nossa Senhora - I
Os devotos eruditos, secos e estéreis
Como Católicos, recebemos estes tempos privilegiados em que vivemos para servir a Nosso Senhor e defender a Sua Igreja. Pensamos nisso na festa de São Luís de Montfort, que aconteceu há alguns dias, em 28 de abril. Quem conhece a Sagrada Escravidão de Nossa Senhora sabe que poucas épocas do ano são melhores do que o final de abril e maio para ajudar a atrair outros a esta verdadeira devoção ensinada pelo grande Santo.
Para começar, o melhor é sempre ler atentamente o seu Tratado da verdadeira devoção a Maria Santíssima, uma leitura obrigatória para todos os Católicos. Nele, São Luís aponta que existem falsas devoções a ela que podem facilmente ser confundidas com as verdadeiras.
Recentemente, notei uma discussão oportuna em alguns círculos tradicionais sobre a falsa devoção a Nossa Senhora. Pelo que posso ver, essa discussão foi incompleta em alguns aspectos e, portanto, enganou algumas pessoas. Na tentativa de ajudar a corrigir essas omissões, escrevo este artigo.
Por que devemos ter verdadeira devoção?
Nossa Senhora é Rainha de Todos os Corações. Ela nos ajuda a salvar nossas almas e as almas dos outros. Com profundo respeito pelas várias devoções particulares promovidas pela Igreja Católica, que cada um pode escolher de acordo com suas próprias inclinações, São Luís explica porque a devoção a Nossa Senhora é para todas as almas.
É bom não só para os “Marianos” ou “inclinados” para ela, mas é realmente necessário para a salvação de todos. Em seu livro, São Luís explica por que essa Verdadeira Devoção é a melhor. Ele ensina que é a maneira mais simples, direta e perfeita de alcançar Nosso Senhor.
Sejamos nós simples ou eruditos, preservados ou corrompidos, esta verdadeira devoção é de fato para todos os corações. Visto que as palavras de São Luís de Montfort são frequentemente citadas erroneamente, deixe-me reproduzi-las a partir do texto:
“Se, então, estabelecemos uma devoção sólida a Nossa Senhora, é apenas para estabelecer uma devoção mais perfeita a Jesus Cristo e fornecer um meio fácil e seguro para encontrar Jesus Cristo.
“Se a devoção a Nossa Senhora nos afastou de Jesus Cristo, devemos rejeitá-la como uma ilusão do Diabo; mas, longe de ser este o caso, a devoção a Nossa Senhora é, pelo contrário, necessária para nós - como já mostrei, e mostrarei ainda mais adiante - como um meio de encontrar Jesus Cristo perfeitamente, de amá-lo ternamente, de servi-Lo fielmente.” (n. 62)
Por que precisamos entender a falsa devoção?
A devoção a Nossa Senhora é necessária para todos os homens no trabalho de sua salvação. Como tal, se opõe à mais ampla gama possível de defeitos do homem; consequentemente, todos esses defeitos trabalham juntos para combatê-la ou evitá-la.
A miríade de defeitos do homem sempre virá à tona, mesmo quando ele está trilhando o caminho da santificação. Qualquer que seja o nível de conhecimento ou santidade que possamos ter, devemos todos lutar contra essas mesmas tendências básicas para o mal durante toda a nossa vida.
Os defeitos mais o Diabo produzem falsas devoções. É por isso que São Luís dedicou uma parte de sua obra a descrever cuidadosamente as falsas devoções.
Mais uma vez, vou transcrever o que o Santo afirma sobre a importância de uma devoção verdadeira versus a falsa:
“Hoje, mais do que nunca, devemos nos esforçar para escolher a verdadeira devoção a Nossa Senhora, porque, mais do que nunca, existem falsas devoções a Nossa Senhora, que são facilmente confundidas com verdadeiras.
“O Diabo, como um falso inventor e um aguçado sutil e experiente, já enganou e destruiu tantas almas por uma falsa devoção à Santíssima Virgem que faz uso diário de sua experiência diabólica para mergulhar muitos outros por este mesmo caminho na perdição eterna; divertindo-os, embalando-os para dormir no pecado, a pretexto de algumas orações mal ditas ou de algumas práticas exteriores que ele inspira.
“Assim como um falso inventor normalmente não falsifica nada além de ouro ou prata e muito raramente outros metais porque eles não valem a pena, o Espírito Maligno não falsifica em grande parte outras devoções, mas apenas aquelas a Jesus e Maria - devoções à Sagrada Comunhão e a Nossa Senhora - porque são entre outras devoções o que ouro e prata são entre outros metais.” (n. 90)
O perigo dos falsos mestres
São Luís de Montfort adverte seus leitores sobre aqueles eruditos Católicos que fingem serem mestres, mas não têm verdadeira devoção a Nossa Senhora. Em vez disso, quando falam dela, o fazem de "maneira especulativa, seca, estéril e indiferente.”
O Santo então dá esses sintomas para que possamos reconhecer este tipo de falsos devotos:
“Às vezes os ouvimos falar de devoção a Nossa Senhora, não com o propósito de estabelecê-la e persuadir os homens a abraçá-la, mas para destruir os ‘abusos que dela são feitos’; e o tempo todo esses professores não têm piedade ou terna devoção para contigo, simplesmente porque não têm nada por Maria. …
“E se cair nas mãos deles algum pobre devoto de Nossa Senhora que reze o seu Rosário ou tenha qualquer outra prática com ela, logo mudam o seu espírito e o seu coração. Em vez do Rosário, aconselham-no os sete Salmos Penitenciais. Em vez de devoção à Santíssima Virgem, eles aconselham-no devoção a Jesus Cristo.”
Isso soa familiar, não é? Quantas vezes ouvimos padres progressistas nos dizerem que devemos evitar os excessos do Marianismo! Mas, infelizmente, não são apenas os progressistas gritantes que fazem isso. É comum ouvir padres intermediários ou conservadores fazerem o mesmo ao tentarem justificar a frieza dos documentos do Vaticano II sobre Nossa Senhora. Dizem que não devemos promover a devoção a Nossa Senhora para não ofender os Protestantes…
Mesmo entre os tradicionalistas, vemos uma influência semelhante. Porque muitas pessoas neste meio se converteram do Protestantismo ou porque ainda têm influências progressistas em suas almas, elas acreditam que, quando temos que escolher entre o Rosário e a Bíblia, devemos preferir a última. Quando falamos sobre a mensagem de Fátima, eles acautelam a contenção, avisando-nos que é “apenas uma revelação privada” que deve ser vista com reservas.
Concluo com a oração de São Luís de Montfort ao final de sua análise desse tipo de falso devoto:
“Guardai-me, Senhor, afastai-me dos seus sentimentos e práticas, e dai-me alguma parte dos sentimentos de gratidão, estima, respeito e amor que tens por Vossa Mãe Santíssima, para que quanto mais eu a imito e a sigo, mais eu posso amar e glorificar a Vós.”
Continua
Para começar, o melhor é sempre ler atentamente o seu Tratado da verdadeira devoção a Maria Santíssima, uma leitura obrigatória para todos os Católicos. Nele, São Luís aponta que existem falsas devoções a ela que podem facilmente ser confundidas com as verdadeiras.
Recentemente, notei uma discussão oportuna em alguns círculos tradicionais sobre a falsa devoção a Nossa Senhora. Pelo que posso ver, essa discussão foi incompleta em alguns aspectos e, portanto, enganou algumas pessoas. Na tentativa de ajudar a corrigir essas omissões, escrevo este artigo.
Por que devemos ter verdadeira devoção?
A Virgem e o Menino rodeados por anjos e os verdadeiros devotos São Domingos e Santa Catarina de Alexandria
É bom não só para os “Marianos” ou “inclinados” para ela, mas é realmente necessário para a salvação de todos. Em seu livro, São Luís explica por que essa Verdadeira Devoção é a melhor. Ele ensina que é a maneira mais simples, direta e perfeita de alcançar Nosso Senhor.
Sejamos nós simples ou eruditos, preservados ou corrompidos, esta verdadeira devoção é de fato para todos os corações. Visto que as palavras de São Luís de Montfort são frequentemente citadas erroneamente, deixe-me reproduzi-las a partir do texto:
“Se, então, estabelecemos uma devoção sólida a Nossa Senhora, é apenas para estabelecer uma devoção mais perfeita a Jesus Cristo e fornecer um meio fácil e seguro para encontrar Jesus Cristo.
“Se a devoção a Nossa Senhora nos afastou de Jesus Cristo, devemos rejeitá-la como uma ilusão do Diabo; mas, longe de ser este o caso, a devoção a Nossa Senhora é, pelo contrário, necessária para nós - como já mostrei, e mostrarei ainda mais adiante - como um meio de encontrar Jesus Cristo perfeitamente, de amá-lo ternamente, de servi-Lo fielmente.” (n. 62)
Por que precisamos entender a falsa devoção?
A devoção a Nossa Senhora é necessária para todos os homens no trabalho de sua salvação. Como tal, se opõe à mais ampla gama possível de defeitos do homem; consequentemente, todos esses defeitos trabalham juntos para combatê-la ou evitá-la.
A miríade de defeitos do homem sempre virá à tona, mesmo quando ele está trilhando o caminho da santificação. Qualquer que seja o nível de conhecimento ou santidade que possamos ter, devemos todos lutar contra essas mesmas tendências básicas para o mal durante toda a nossa vida.
Uma barra de ouro cheia de chumbo engana os incautos, assim como falsas devoções a Nossa Senhora
Mais uma vez, vou transcrever o que o Santo afirma sobre a importância de uma devoção verdadeira versus a falsa:
“Hoje, mais do que nunca, devemos nos esforçar para escolher a verdadeira devoção a Nossa Senhora, porque, mais do que nunca, existem falsas devoções a Nossa Senhora, que são facilmente confundidas com verdadeiras.
“O Diabo, como um falso inventor e um aguçado sutil e experiente, já enganou e destruiu tantas almas por uma falsa devoção à Santíssima Virgem que faz uso diário de sua experiência diabólica para mergulhar muitos outros por este mesmo caminho na perdição eterna; divertindo-os, embalando-os para dormir no pecado, a pretexto de algumas orações mal ditas ou de algumas práticas exteriores que ele inspira.
“Assim como um falso inventor normalmente não falsifica nada além de ouro ou prata e muito raramente outros metais porque eles não valem a pena, o Espírito Maligno não falsifica em grande parte outras devoções, mas apenas aquelas a Jesus e Maria - devoções à Sagrada Comunhão e a Nossa Senhora - porque são entre outras devoções o que ouro e prata são entre outros metais.” (n. 90)
O perigo dos falsos mestres
São Luís de Montfort adverte seus leitores sobre aqueles eruditos Católicos que fingem serem mestres, mas não têm verdadeira devoção a Nossa Senhora. Em vez disso, quando falam dela, o fazem de "maneira especulativa, seca, estéril e indiferente.”
O Santo então dá esses sintomas para que possamos reconhecer este tipo de falsos devotos:
Alguns padres silenciam o Rosário e encorajam o estudo da Bíblia para ter um terreno comum com os Protestantes
“E se cair nas mãos deles algum pobre devoto de Nossa Senhora que reze o seu Rosário ou tenha qualquer outra prática com ela, logo mudam o seu espírito e o seu coração. Em vez do Rosário, aconselham-no os sete Salmos Penitenciais. Em vez de devoção à Santíssima Virgem, eles aconselham-no devoção a Jesus Cristo.”
Isso soa familiar, não é? Quantas vezes ouvimos padres progressistas nos dizerem que devemos evitar os excessos do Marianismo! Mas, infelizmente, não são apenas os progressistas gritantes que fazem isso. É comum ouvir padres intermediários ou conservadores fazerem o mesmo ao tentarem justificar a frieza dos documentos do Vaticano II sobre Nossa Senhora. Dizem que não devemos promover a devoção a Nossa Senhora para não ofender os Protestantes…
Mesmo entre os tradicionalistas, vemos uma influência semelhante. Porque muitas pessoas neste meio se converteram do Protestantismo ou porque ainda têm influências progressistas em suas almas, elas acreditam que, quando temos que escolher entre o Rosário e a Bíblia, devemos preferir a última. Quando falamos sobre a mensagem de Fátima, eles acautelam a contenção, avisando-nos que é “apenas uma revelação privada” que deve ser vista com reservas.
Concluo com a oração de São Luís de Montfort ao final de sua análise desse tipo de falso devoto:
“Guardai-me, Senhor, afastai-me dos seus sentimentos e práticas, e dai-me alguma parte dos sentimentos de gratidão, estima, respeito e amor que tens por Vossa Mãe Santíssima, para que quanto mais eu a imito e a sigo, mais eu posso amar e glorificar a Vós.”
Continua
Postado em 12 de maio de 2021
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