Histórias e Lendas
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A Indignação dos Santos vêm de Deus
Santo Inácio, como Superior, costumava dar aos seus padres e irmãos penitências extremamente longas por faltas muito triviais. Isso foi determinado em seu processo de canonização como resultado de seu zelo pelo espírito de observância, e não de imprudência.
Assim, São Francisco Xavier, seguindo o exemplo de seu mestre, em um transporte de zelo, fez com que a casa de um de seus neófitos Orientais fosse queimada porque um sacrifício havia sido oferecido a um ídolo nela.
O mesmo Santo concebeu o desígnio de ir à China a fim de converter aquele Império a Nosso Senhor Jesus Cristo, mas sua viagem foi impedida pelo governo de Malaca. São Francisco fez de tudo para ganhar o governador, mas sua gentileza falhou.
Então, ele não hesitou em assumir seu caráter de legado apostólico e interditou a cidade, ordenou que todos os padres Jesuítas deixassem o local, amaldiçoou aqueles que impediram sua jornada e, em seguida, sacudiu a poeira de seus pés no portão da cidade e saiu.
Mal ele se foi, uma praga estourou. O governador, acusado de crimes diversos em tribunal, foi detido, enviado para Portugal e aí morreu numa prisão.
Assim, os seus devotos rezam por esse mesmo zelo ardente de Fé: “Ó Deus, que pelo ardor e pela pregação de São Francisco Xavier conquistastes muitos povos para Vós, fazei que os corações dos fiéis ardam com o mesmo santo zelo pela Fé para que a Santa Igreja se regozije em todos os lugares com uma abundância de Vossa descendência. Por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que vive e reina Convosco na unidade do Espírito Santo, em um só Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém."
O Patriarca São Francisco de Assis, visitando as casas de sua Ordem na Toscana, constatou que em um mosteiro os jovens frades passavam muito tempo em disputas filosóficas, que ele julgava contrárias ao espírito de oração e à vida religiosa de sua Ordem.
Ele ordenou que o provincial corrigisse isso. O superior prometeu fazê-lo, mas São Francisco, descobrindo depois que não havia cumprido sua promessa, o amaldiçoou. O provincial adoeceu e foi enviado para pedir perdão ao superior.
A resposta do Santo foi "Eu o amaldiçoei e ele será amaldiçoado," palavras essas que fez um raio cair do Céu e matar o provincial em sua cama.
Convém citar aqui as palavras do Pe. Suin sobre a ira dos Santos (Cat. Spir.ii.249):
"Devemos observar que esses movimentos de indignação que vêm de Deus e têm Deus por seu objeto não causa nenhum problema na alma, mas deixa-a livre e tão tranquila como se estivesse em um movimento de alegria.
"Podemos dizer da ira em geral o que já dissemos da tristeza e do ódio, que quando é a graça que as forma no coração, elas não só não afastam Deus de nós, mas nos unem a Ele e nos dispõem à oração, tanto quanto um consolo celestial poderia fazer.
"A razão é que não é o interesse próprio que nos toca, nem qualquer satisfação própria que afeta a alma nessas conjunturas, mas o interesse único de Deus, a quem nós desejamos agradar."
Trecho de A. M. Tannoja, The Life of S Alphonso Maria de Liguori,
Londres: Thomas Richardson and Son, 1847, Vol. 1, pp. 92-93
Postado em 8 de janeiro de 2022
Assim, São Francisco Xavier, seguindo o exemplo de seu mestre, em um transporte de zelo, fez com que a casa de um de seus neófitos Orientais fosse queimada porque um sacrifício havia sido oferecido a um ídolo nela.
São Francisco Xavier colocou uma cidade sob interdição e amaldiçoou aqueles que se opuseram a ele
Então, ele não hesitou em assumir seu caráter de legado apostólico e interditou a cidade, ordenou que todos os padres Jesuítas deixassem o local, amaldiçoou aqueles que impediram sua jornada e, em seguida, sacudiu a poeira de seus pés no portão da cidade e saiu.
Mal ele se foi, uma praga estourou. O governador, acusado de crimes diversos em tribunal, foi detido, enviado para Portugal e aí morreu numa prisão.
Assim, os seus devotos rezam por esse mesmo zelo ardente de Fé: “Ó Deus, que pelo ardor e pela pregação de São Francisco Xavier conquistastes muitos povos para Vós, fazei que os corações dos fiéis ardam com o mesmo santo zelo pela Fé para que a Santa Igreja se regozije em todos os lugares com uma abundância de Vossa descendência. Por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, que vive e reina Convosco na unidade do Espírito Santo, em um só Deus, por todos os séculos dos séculos. Amém."
O Patriarca São Francisco de Assis, visitando as casas de sua Ordem na Toscana, constatou que em um mosteiro os jovens frades passavam muito tempo em disputas filosóficas, que ele julgava contrárias ao espírito de oração e à vida religiosa de sua Ordem.
São Francisco de Assis:
'Eu o amaldiçoei e ele será amaldiçoado'
A resposta do Santo foi "Eu o amaldiçoei e ele será amaldiçoado," palavras essas que fez um raio cair do Céu e matar o provincial em sua cama.
Convém citar aqui as palavras do Pe. Suin sobre a ira dos Santos (Cat. Spir.ii.249):
"Devemos observar que esses movimentos de indignação que vêm de Deus e têm Deus por seu objeto não causa nenhum problema na alma, mas deixa-a livre e tão tranquila como se estivesse em um movimento de alegria.
"Podemos dizer da ira em geral o que já dissemos da tristeza e do ódio, que quando é a graça que as forma no coração, elas não só não afastam Deus de nós, mas nos unem a Ele e nos dispõem à oração, tanto quanto um consolo celestial poderia fazer.
"A razão é que não é o interesse próprio que nos toca, nem qualquer satisfação própria que afeta a alma nessas conjunturas, mas o interesse único de Deus, a quem nós desejamos agradar."
Trecho de A. M. Tannoja, The Life of S Alphonso Maria de Liguori,
Londres: Thomas Richardson and Son, 1847, Vol. 1, pp. 92-93
Postado em 8 de janeiro de 2022
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