Conversas com Janete
A Traição China-Vaticano - 4
A Repressão Aumenta após o Acordo
Minha amiga Janete novamente queria saber mais sobre o aumento da perseguição à Igreja Subterrânea desde o acordo China-Vaticano que cedeu a nomeação de Bispos ao governo Chinês (veja aqui, aqui e aqui).
Ela também se perguntou por que a Fundação Cardeal Mindszenty, fundada em 1958 para lutar contra o Comunismo, não faz menção a esse infame acordo ou ao aumento das perseguições. Ela é membro dessa organização há muito tempo porque o grupo costumava defender e levantar fundos para a heroica Igreja Subterrânea. O que está acontecendo, ela pergunta?
Irei primeiro à sua pergunta sobre o acordo Pequim-Vaticano e, em seguida, abordarei a posição intrigante da Fundação Mindszenty.
Sim, aumentaram as perseguições
Sim, de fato, Jan, as perseguições aumentaram diariamente desde que Francisco basicamente abandonou a Igreja Subterrânea, dando carte blanche sobre a religião para a Associação Patriótica Católica controlada pelos comunistas (CPA). Livre de restrições, o governo Chinês está reprimindo duramente qualquer um que não seja fiel ao órgão comunista.
Apenas na semana passada, as notícias deram provas desta repressão.
Primeiro, o governo Chinês proibiu o Bispo da Igreja Subterrânea Vincent Guo Xijin de celebrar a próxima Missa da Quinta-feira Santa, a menos que ele concorde em se alistar como membro da CPA. A primeira afronta a este fiel Bispo Subterrâneo Guo foi o pedido pessoal de Francisco de que renunciasse ao cargo de Bispo de Mindong para ser substituído pelo Bispo Vincenzo Zhan Silu, nomeado pelo governo e ilegalmente ordenado.
Já que o Vaticano não faz protestos, o Escritório de Assuntos Religiosos se sente corajoso o suficiente para declarar que nem mesmo reconhecerá o Bispo Subterrâneo Guo como Bispo Auxiliar, a menos que ele se inscreva na CPA. Até agora, ele recusou.
O governo dirigiu esta Diocese para uma repressão porque quase todos os Católicos (8.000 dos 9.000) fazem parte da Igreja Subterrânea. Oficiais comunistas até ofereceram 200.000 yuans (cerca de US $ 30.000) a qualquer padre que entrar nas fileiras da CPA - uma quantia insignificante de dinheiro na China, onde o salário médio mensal é de pouco mais de US $ 70 por mês). Até agora, nenhum padre aceitou a oferta, segundo relatos.
Outra atrocidade: em 4 de abril, o governo de Qianyang, no noroeste da China, derrubou a única igreja Católica da cidade. O seu “crime” é que nem os fiéis nem os seus padres são membros da CPA. É um claro ato de coerção forçar seu Bispo e seu rebanho a se inscrever na CPA
Do LifeSiteNews chega a notícia de que funcionários do governo na região de Cantão estão oferecendo presentes em dinheiro aos cidadãos que relatam que vizinhos estão envolvidos em “atividades religiosas ilegais.” Essa ação ilegal inclui assistir às Missas da Igreja Católica Subterrânea.
O objetivo da “sinicização,” que é tornar todas as organizações compatíveis com o Comunismo Chinês, é a desculpa usada para controlar a Igreja Católica na China. O governo montou campos para ajudar a “assimilar” Católicos obstinados na posição correta, e há relatos generalizados de tortura e espancamentos sendo usados como ferramentas de treinamento.
Finalmente, na semana passada (29 de março de 2019), na província de Hebei, ao norte, o Bispo Subterrâneo Agostino Cui Tai de Xuanhua e um pároco Pe. Zhang Jianlin
foram presos e levados sob custódia.
Eles foram acusados de “não seguir as instruções do Vaticano” - isto é, eles se recusaram a se registrar na CPA. Segundo as autoridades Chinesas que ordenaram as detenções, o acordo assinado entre a China e a Santa Sé estabelece o fim da Igreja Subterrânea e, a partir de agora, todos os fiéis e Bispos devem voltar para a Igreja oficial controlada pelos comunistas.
Estas são as condições cada vez pior para os Católicos na China desde que Roma capitulou a Pequim.
Resposta do Vaticano
E a resposta do Vaticano a esses terríveis relatórios públicos? Cardeal Secretário de Estado do Vaticano Pietro Parolin disse a jornalistas em 3 de abril que os críticos do acordo precisam ser “pacientes” e não julgar o negócio muito rápido.
Em um simpósio sobre liberdade religiosa promovido pela Embaixada dos Estados Unidos na Santa Sé, o Cardeal teve a hipocrisia de declarar que o acordo Vaticano-China avançaria a liberdade religiosa ao "encontrar alguma normalização para a comunidade Católica." Como uma “normalização” pode promover a liberdade religiosa quando significa perseguir a Igreja Subterrânea e forçar seus membros a se filiarem à CPA? É ridículo.
O silêncio da Fundação Mindszenty
Por que a Fundação Cardeal Mindszenty não protesta contra a traição do Vaticano à Igreja Católica Subterrânea e as crescentes perseguições?
Essa é, de fato, querida Janete, uma situação triste. Em sua declaração de missão, revisada, a Fundação Mindszenty ainda afirma que um de seus objetivos é chamar a atenção para as perseguições e abusos dos direitos humanos em todo o mundo. No entanto, evita cuidadosamente a palavra Comunismo.
Além disso, não há nada em seu site que exponha a capitulação ao Comunismo Chinês que Francisco fez no acordo com a China, nem a traição de Bento XVI na Carta aos Católicos Chineses em 2002, nem a nova fase de perseguição contra o clero clandestino e a destruição de igrejas.
Na verdade, por alguns anos seu site e Boletim oficia – The Mindszenty Report – evitou meticulosamente até mesmo a mais breve crítica à política do Vaticano na China.
Em vez de combater o Comunismo, os Papas pós-concilares abriram os braços para seus erros. Em vez de combater o Vaticano por sua postura vermelha, a Fundação Mindszenty permanece em silêncio. Parece-me que está traindo seu herói, o Cardeal Jozsef Mindszenty, que em sua época foi um destemido e franco Prelado na luta contra o Comunismo.
“Dada a atualidade do tema deste artigo (5 de abril de 2019), TIA do Brasil resolveu republicá-lo - mesmo se alguns dados são antigos - para benefício de nossos leitores.”
Aumento da pressão e perseguição para fiéis Católicos
Irei primeiro à sua pergunta sobre o acordo Pequim-Vaticano e, em seguida, abordarei a posição intrigante da Fundação Mindszenty.
Sim, aumentaram as perseguições
Sim, de fato, Jan, as perseguições aumentaram diariamente desde que Francisco basicamente abandonou a Igreja Subterrânea, dando carte blanche sobre a religião para a Associação Patriótica Católica controlada pelos comunistas (CPA). Livre de restrições, o governo Chinês está reprimindo duramente qualquer um que não seja fiel ao órgão comunista.
Primeiro, o Bispo Guo é convidado a renunciar a um Bispo ordenado ilegalmente; então, proibido de dizer Missa
Primeiro, o governo Chinês proibiu o Bispo da Igreja Subterrânea Vincent Guo Xijin de celebrar a próxima Missa da Quinta-feira Santa, a menos que ele concorde em se alistar como membro da CPA. A primeira afronta a este fiel Bispo Subterrâneo Guo foi o pedido pessoal de Francisco de que renunciasse ao cargo de Bispo de Mindong para ser substituído pelo Bispo Vincenzo Zhan Silu, nomeado pelo governo e ilegalmente ordenado.
Já que o Vaticano não faz protestos, o Escritório de Assuntos Religiosos se sente corajoso o suficiente para declarar que nem mesmo reconhecerá o Bispo Subterrâneo Guo como Bispo Auxiliar, a menos que ele se inscreva na CPA. Até agora, ele recusou.
O governo dirigiu esta Diocese para uma repressão porque quase todos os Católicos (8.000 dos 9.000) fazem parte da Igreja Subterrânea. Oficiais comunistas até ofereceram 200.000 yuans (cerca de US $ 30.000) a qualquer padre que entrar nas fileiras da CPA - uma quantia insignificante de dinheiro na China, onde o salário médio mensal é de pouco mais de US $ 70 por mês). Até agora, nenhum padre aceitou a oferta, segundo relatos.
Outra Igreja arrasada pelo governo Chinês...
Do LifeSiteNews chega a notícia de que funcionários do governo na região de Cantão estão oferecendo presentes em dinheiro aos cidadãos que relatam que vizinhos estão envolvidos em “atividades religiosas ilegais.” Essa ação ilegal inclui assistir às Missas da Igreja Católica Subterrânea.
O objetivo da “sinicização,” que é tornar todas as organizações compatíveis com o Comunismo Chinês, é a desculpa usada para controlar a Igreja Católica na China. O governo montou campos para ajudar a “assimilar” Católicos obstinados na posição correta, e há relatos generalizados de tortura e espancamentos sendo usados como ferramentas de treinamento.
O Bispo clandestino Agostino Cui Tai foi preso e levado sob custódia por "não seguir as ordens do Vaticano"
Eles foram acusados de “não seguir as instruções do Vaticano” - isto é, eles se recusaram a se registrar na CPA. Segundo as autoridades Chinesas que ordenaram as detenções, o acordo assinado entre a China e a Santa Sé estabelece o fim da Igreja Subterrânea e, a partir de agora, todos os fiéis e Bispos devem voltar para a Igreja oficial controlada pelos comunistas.
Estas são as condições cada vez pior para os Católicos na China desde que Roma capitulou a Pequim.
Resposta do Vaticano
E a resposta do Vaticano a esses terríveis relatórios públicos? Cardeal Secretário de Estado do Vaticano Pietro Parolin disse a jornalistas em 3 de abril que os críticos do acordo precisam ser “pacientes” e não julgar o negócio muito rápido.
Em um simpósio sobre liberdade religiosa promovido pela Embaixada dos Estados Unidos na Santa Sé, o Cardeal teve a hipocrisia de declarar que o acordo Vaticano-China avançaria a liberdade religiosa ao "encontrar alguma normalização para a comunidade Católica." Como uma “normalização” pode promover a liberdade religiosa quando significa perseguir a Igreja Subterrânea e forçar seus membros a se filiarem à CPA? É ridículo.
O silêncio da Fundação Mindszenty
Por que a Fundação Cardeal Mindszenty não protesta contra a traição do Vaticano à Igreja Católica Subterrânea e as crescentes perseguições?
O Cardeal Parolin declara que o acordo irá promover a liberdade religiosa....
Além disso, não há nada em seu site que exponha a capitulação ao Comunismo Chinês que Francisco fez no acordo com a China, nem a traição de Bento XVI na Carta aos Católicos Chineses em 2002, nem a nova fase de perseguição contra o clero clandestino e a destruição de igrejas.
Na verdade, por alguns anos seu site e Boletim oficia – The Mindszenty Report – evitou meticulosamente até mesmo a mais breve crítica à política do Vaticano na China.
Em vez de combater o Comunismo, os Papas pós-concilares abriram os braços para seus erros. Em vez de combater o Vaticano por sua postura vermelha, a Fundação Mindszenty permanece em silêncio. Parece-me que está traindo seu herói, o Cardeal Jozsef Mindszenty, que em sua época foi um destemido e franco Prelado na luta contra o Comunismo.
“Dada a atualidade do tema deste artigo (5 de abril de 2019), TIA do Brasil resolveu republicá-lo - mesmo se alguns dados são antigos - para benefício de nossos leitores.”
Postado em 26 de janeiro de 2022
______________________
______________________