Verdades Esquecidas
Pode-se Pecar contra a Modéstia
por Negligência no Vestuário
Dada à tendência moderna de se vestir casualmente para o trabalho, as reuniões e especialmente para a Missa, é oportuno lembrar aos nossos leitores que isso é uma ofensa à virtude da modéstia. No passado, nenhum homem – independentemente de seu status social – costumava comparecer à Missa em uma Igreja Católica sem terno ou paletó, gravata e sapatos
rijos.
Hoje, falta o bom exemplo que deveria vir dos líderes da sociedade, e quase todos os homens em todos os estados de vida adotaram a vestimenta casual. É bom lembrar também que aqueles de status social mais elevado são os mais obrigados do que aqueles de níveis sociais mais baixos a se vestirem bem em todas as circunstâncias por causa da influência que exercem.
Abaixo estão algumas recomendações sólidas do Pe. Royo Marin, OP, um conceituado teólogo moral pré-Vaticano II.
Hoje, falta o bom exemplo que deveria vir dos líderes da sociedade, e quase todos os homens em todos os estados de vida adotaram a vestimenta casual. É bom lembrar também que aqueles de status social mais elevado são os mais obrigados do que aqueles de níveis sociais mais baixos a se vestirem bem em todas as circunstâncias por causa da influência que exercem.
Abaixo estão algumas recomendações sólidas do Pe. Royo Marin, OP, um conceituado teólogo moral pré-Vaticano II.
Pe. Royo Marin
A modéstia é uma virtude derivada da temperança que inclina o indivíduo a conduzir-se em seus movimentos internos e externos e em seu vestuário de acordo com os limites justos de seu estado de vida e posição na sociedade. (São Tomás, Summa, II-II, q. 160)
A modéstia é uma virtude pela qual se observa o devido decoro nos seus gestos e movimentos corporais, nas suas posturas e na maneira de se vestir. Em matéria de modéstia, é necessário atender especialmente a duas considerações: a dignidade de cada pessoa e daqueles que estão em sua companhia.
A modéstia corporal tem grande importância tanto para o indivíduo quanto para a sociedade. Normalmente, uma pessoa é julgada pelo exterior, e por esta razão qualquer movimento desordenado, olhar fixo, olhares indiscretos ou quaisquer outros movimentos descontrolados são geralmente interpretados como sinais de um interior desordenado e indisciplinado. Com boa razão Santo Agostinho recomenda em sua Regra que os indivíduos sejam especialmente cuidadosos em observar a modéstia externa de conduta para não escandalizar seus vizinhos.
E, lemos na Sagrada Escritura: “Pelo semblante se conhece o homem, e pelos traços do rosto se conhece o homem sensato. A veste do corpo, o riso dos dentes, e o andar do homem, dão a conhecer o que ele é.” (Eclo 19,26-27)
Os vícios opostos à modéstia de comportamento são afetações e rusticidade ou grosseria.
No que diz respeito à modéstia do vestuário, Santo Tomás afirma que qualquer pecado que surja nesta questão é devido a algo imoderado por parte da pessoa em vista de circunstâncias particulares. (S. Tomás, Summa, II-II, q. 169, a. 1) Esta imoderação pode dever-se à falta de conformidade com os costumes das pessoas com quem se vive, ou a um excessivo apego e preocupação com roupas e adornos pessoais. Pode tornar-se desordenado por causa da vaidade, sensualidade ou interesse excessivo no vestuário.
Também pode acontecer que se peque contra a modéstia de vestuário por ser deficiente em uma preocupação com o vestuário pessoal, por exemplo, se alguém for irracionalmente negligente ao se vestir de acordo com esse estado de vida, ou tentar atrair a atenção por sua falta de preocupação na maneira de se vestir (ibid a. 2).
(Antonio Royo Marin, OP, A Teologia da Perfeição Cristã,
Mount Kisco NY: Foundation for a Christian Civilization, 1987, pp 431-432)
Mount Kisco NY: Foundation for a Christian Civilization, 1987, pp 431-432)
Postado em 26 de março de 2022