Virtudes Católicas
Caminhos Verdadeiros e Falsos para a Felicidade - XIV
O Relativismo Secular Destrói
a Oposição entre o Bem e o Mal
“Como se escureceu o ouro, como perdeu o seu brilho o ouro fino?” (Lamentações de Jeremias, 4,1) A situação de relativismo em que o mundo atual está imerso há muito é discernível e tem chocado as almas retas.
Essas almas têm um forte senso do contraste entre o bem e o mal. Hoje, integrar o bem e o mal numa espécie de mingau, como faz o secularismo, é visto como uma manifestação de sabedoria. É como se um conglomerado de coco moído, amendoim, amêndoa e castanha de caju se misturasse resultando em um mingau tão homogêneo que se tornasse uma única substância, abolindo todas as diferenças entre o bem e o mal, a verdade e o erro, as características pessoais e nacionais.
Esta é uma imagem que descreve muito bem o relativismo secular!
Tentar manter a distinção entre o bem e o mal tornou-se censurável. Há até uma espécie de censura feita a quem chama bom, bom, e mal, mal e os vê lutando um contra o outro.
“Você é um maniqueísta,” eles dizem. Terror supremo! Isto destina-se a silenciar instantaneamente o infrator. A qualificação maniqueísta tem alguma eletricidade que parece atingir a pessoa assim rotulada e imobilizá-la. [O maniqueísmo sustenta que o Universo foi criado por dois princípios antagônicos e irredutíveis: o bem absoluto – o “deus bom”- e o mal absoluto – o “deus do mal”]
Agora, desde o início dos tempos, diferenciar o bem do mal sempre foi considerado uma necessidade. Isso era verdade muito antes de Mani, que deu origem ao maniqueísmo no III século. É Um preceito do Direito Natural, foi consignado por Deus no Decálogo, perpassou todo o Antigo Testamento, foi objeto da divina pregação de Nosso Senhor Jesus Cristo e faz parte do patrimônio doutrinal e moral de a Santa Igreja Católica.
Negar a oposição entre o bem e o mal é, de certa forma, o ápice da imoralidade, porque constitui a essência do relativismo moral, que é de fato um perigo real. Fala de uma falta de definição, de consistência, de direção.
A Sagrada Escritura fala muitas vezes desta oposição: "Contra o mal está o bem, e contra a morte a vida; assim também contra o homem justo está o pecador. Considera assim todas as obras do Altíssimo; achá-las-ás duas a duas, e uma oposta à outra." (Ecles 33,15)
Duas trilogias opostas
Ter um forte senso do contraste entre o bem e o mal, no entanto, não é suficiente. Pois o mal é um parente próximo da feiura e do erro. São conceitos conectados, irmãos siameses, por assim dizer.
Na realidade, são duas trilogias que se opõem, pois, no extremo oposto, o bem também forma um grupo com o verdadeiro e o belo. Temos, assim, duas trilogias:
Assim, por exemplo, o edifício de uma igreja, que em princípio põe em prática o bem e ensina o que é verdadeiro, deve sempre distinguir-se pela sua beleza. E é altamente recomendável ter essa forma de beleza definida pela dignidade em um tribunal onde a justiça é distribuída.
No extremo oposto, a representação do Diabo como sendo horrível e repulsivo corresponde bem à sua maldade e falsidade. Ele é mau e errado; portanto, feio.
Um ambiente vil, cinza e sem beleza favorece o ateísmo porque há uma espécie de solidariedade entre a feiura e o erro. A feiura é até mesmo uma maneira de sugerir que Deus não existe.
Um exemplo notável desta afirmação são todas as formas artísticas do Comunismo; são uma negação de toda beleza, todo bom gosto e toda sacralidade.
Em nossos dias, o sentido do bem e do mal tornou-se indistinto, assim como o sentido da oposição entre beleza e feiura, entre verdade e erro. Um “grande mingau” foi feito. E esse mingau favorece o secularismo, que tenta afastar a beleza da vida e trancá-la em ambientes especializados.
Um dos pecados capitais do século 20 é negar todo o fenômeno da beleza ou interpretar de forma errada. Segue-se que as culturas seculares são fundamentalmente grosseiras e vulgares. Isso ocorre porque elas tendem apenas para o prático.
Os desígnios de Deus para o homem eram bem diferentes.
Deus quis prover o bem do homem dando-lhe meios abundantes para sempre ter em mente Suas infinitas perfeições.
Na Baía de Guanabara, nas montanhas do Tirol ou na praça de uma bela cidade, é mais fácil para o homem discernir as infinitas perfeições de Deus. É a contribuição da beleza, ainda que em pequena escala, para o sentido Católico da vida.
Pelo contrário, no trânsito urbano infernal, em meio à poluição chocante das grandes cidades de hoje, é difícil ter sempre em mente as infinitas perfeições de Deus.
Secularismo e sacralização: dois objetivos opostos
O secularismo tem duas gamas: uma é retirar de todas as esferas da vida todos os aspectos de beleza que, em última análise, são semelhantes a Deus. A outra é lutar para que o homem não veja Deus no belo. Tal pessoa olha para uma bela catedral, mas não vê nada além de um edifício, uma construção. Quem não foi contagiado pelo secularismo olha para a mesma catedral, mas sua atitude é diferente: admira, contempla.
Há, portanto, duas concepções que se opõem:
Como a secularização significa propriamente paganização, devemos tender, cada alma, para a segunda concepção, ou seja, para os valores do espírito. E assim nos opomos ao secularismo e nos identificamos com o ideal da sacralidade do mundo.
Continua
Essas almas têm um forte senso do contraste entre o bem e o mal. Hoje, integrar o bem e o mal numa espécie de mingau, como faz o secularismo, é visto como uma manifestação de sabedoria. É como se um conglomerado de coco moído, amendoim, amêndoa e castanha de caju se misturasse resultando em um mingau tão homogêneo que se tornasse uma única substância, abolindo todas as diferenças entre o bem e o mal, a verdade e o erro, as características pessoais e nacionais.
Esta é uma imagem que descreve muito bem o relativismo secular!
Tentar manter a distinção entre o bem e o mal tornou-se censurável. Há até uma espécie de censura feita a quem chama bom, bom, e mal, mal e os vê lutando um contra o outro.
A Igreja Católica ensina que o mal entrou na Criação com a queda do Diabo e o Pecado Original
Agora, desde o início dos tempos, diferenciar o bem do mal sempre foi considerado uma necessidade. Isso era verdade muito antes de Mani, que deu origem ao maniqueísmo no III século. É Um preceito do Direito Natural, foi consignado por Deus no Decálogo, perpassou todo o Antigo Testamento, foi objeto da divina pregação de Nosso Senhor Jesus Cristo e faz parte do patrimônio doutrinal e moral de a Santa Igreja Católica.
Negar a oposição entre o bem e o mal é, de certa forma, o ápice da imoralidade, porque constitui a essência do relativismo moral, que é de fato um perigo real. Fala de uma falta de definição, de consistência, de direção.
A Sagrada Escritura fala muitas vezes desta oposição: "Contra o mal está o bem, e contra a morte a vida; assim também contra o homem justo está o pecador. Considera assim todas as obras do Altíssimo; achá-las-ás duas a duas, e uma oposta à outra." (Ecles 33,15)
Duas trilogias opostas
Ter um forte senso do contraste entre o bem e o mal, no entanto, não é suficiente. Pois o mal é um parente próximo da feiura e do erro. São conceitos conectados, irmãos siameses, por assim dizer.
A arquitetura moderna está relacionada ao erro e à imoralidade; leva ao ateísmo
- De um lado: o verdadeiro, o bom, o belo;
- No outro extremo: o erro, o mal, a feiura.
Assim, por exemplo, o edifício de uma igreja, que em princípio põe em prática o bem e ensina o que é verdadeiro, deve sempre distinguir-se pela sua beleza. E é altamente recomendável ter essa forma de beleza definida pela dignidade em um tribunal onde a justiça é distribuída.
No extremo oposto, a representação do Diabo como sendo horrível e repulsivo corresponde bem à sua maldade e falsidade. Ele é mau e errado; portanto, feio.
Um ambiente vil, cinza e sem beleza favorece o ateísmo porque há uma espécie de solidariedade entre a feiura e o erro. A feiura é até mesmo uma maneira de sugerir que Deus não existe.
Um exemplo notável desta afirmação são todas as formas artísticas do Comunismo; são uma negação de toda beleza, todo bom gosto e toda sacralidade.
Em nossos dias, o sentido do bem e do mal tornou-se indistinto, assim como o sentido da oposição entre beleza e feiura, entre verdade e erro. Um “grande mingau” foi feito. E esse mingau favorece o secularismo, que tenta afastar a beleza da vida e trancá-la em ambientes especializados.
Um dos pecados capitais do século 20 é negar todo o fenômeno da beleza ou interpretar de forma errada. Segue-se que as culturas seculares são fundamentalmente grosseiras e vulgares. Isso ocorre porque elas tendem apenas para o prático.
A beleza da Baía de Guanabara nos convida a contemplar as perfeições de Deus
Deus quis prover o bem do homem dando-lhe meios abundantes para sempre ter em mente Suas infinitas perfeições.
Na Baía de Guanabara, nas montanhas do Tirol ou na praça de uma bela cidade, é mais fácil para o homem discernir as infinitas perfeições de Deus. É a contribuição da beleza, ainda que em pequena escala, para o sentido Católico da vida.
Pelo contrário, no trânsito urbano infernal, em meio à poluição chocante das grandes cidades de hoje, é difícil ter sempre em mente as infinitas perfeições de Deus.
Secularismo e sacralização: dois objetivos opostos
O secularismo tem duas gamas: uma é retirar de todas as esferas da vida todos os aspectos de beleza que, em última análise, são semelhantes a Deus. A outra é lutar para que o homem não veja Deus no belo. Tal pessoa olha para uma bela catedral, mas não vê nada além de um edifício, uma construção. Quem não foi contagiado pelo secularismo olha para a mesma catedral, mas sua atitude é diferente: admira, contempla.
Diante de uma bela igreja o homem secularizado não vê sua sacralidade – acima, Sainte Chapelle em Paris
- As pessoas que foram conquistadas pelo secularismo querem que tudo seja concebido como desvinculado da religião, como tendo uma realidade própria que nada tem a ver com Deus. A religião ou não existe para eles ou está confinada a apenas um dos mil compartimentos do pensamento humano.
- Outras pessoas são muito sensíveis à ideia de que tudo, mesmo as coisas mais afastadas dos ambientes eclesiásticos, devem ter uma nota sacral, isto é, uma nota religiosa profunda, pois Deus foi o Criador de todas as coisas. Essas pessoas estão abertas ao ideal da sacralidade do mundo.
Como a secularização significa propriamente paganização, devemos tender, cada alma, para a segunda concepção, ou seja, para os valores do espírito. E assim nos opomos ao secularismo e nos identificamos com o ideal da sacralidade do mundo.
Continua
Postado em 8 de agosto de 2022