Mons. Jouin Denuncia os 'Cães Mudos' na Igreja Militante
Uma das grandes penas contrarrevolucionárias do início do século 20 foi realizada pelo grande Prelado, Mons. Ernest Join (1844-1932). Um filho destemido da Igreja, ele não apenas estudou, mas expôs a Maçonaria e o ocultismo em sua famosa Revista Internacional de Sociedades Secretas.
Tanto os Hierarcas modernistas como as autoridades civis tentaram silenciar Mons. Jouin muitas vezes, mas em vão. Ele continuou a expor o mal bem escondido da sociedade secreta, subversiva da moral Católica e das leis de Deus. Com igual vigor, ele criticou o silêncio pecaminoso e a indiferença do clero Católico que se recusou a liderar a luta contra a Revolução na Igreja e na sociedade.
Em um discurso em 1930, Mons. Jouin afirmava que havia uma luta definitiva entre o Papado e a Maçonaria – as duas potências mais atuantes do mundo – que determinaria o caminho da história: ou a restauração da Civilização Cristã ou a barbárie e o paganismo decadente. Nesse mesmo discurso apresentou as condenações da Maçonaria e das Forças Secretas feitas pelos Papas desde Clemente XII (1730-1740) até Pio XI, que era o Papa na época.
Em vista dos Papas do Vaticano II que abraçaram os princípios da Maçonaria e da Nova Ordem Mundial, naturalmente falando, a Revolução parece próxima de alcançar a vitória sobre a Igreja. O seguinte exemplo da luta de Mons Jouin é muito oportuna.
Mons. Ernest Jouin
Desde 1738 [como vimos] todos os Soberanos Pontífices denunciaram, estigmatizaram e condenaram o inimigo do Estado que, segundo o Papa Leão XIII, já no século passado, possuía um poder quase equivalente à "Soberania" e que, hoje, autodenomina-se o Super-Estado.
Desde 1738 todos os Soberanos Pontífices denunciaram, estigmatizaram e condenaram o inimigo da Igreja, a Contra-Igreja, cujo objetivo proclamado é: "Descatolizar o mundo." Procura reconstruir sobre as cinzas da Civilização Cristã a barbárie pagã, e construir sobre as ruínas do Papado a dominação mundial de Israel. Além disso, como sinal de sua vitória, quer erigir sobre o trono derrubado de Jesus Cristo o próprio trono de Satanás.
Desde 1738 todos os Soberanos Pontífices denunciaram, estigmatizaram e condenaram o que até agora se tornou a evolução mundial da Judaico-Maçonaria que, agora, na terra, admite ter apenas um adversário, a saber, a Igreja Católica, cuja agonia está agora testemunhando.
No entanto, os Papas também deploram a indiferença daqueles Católicos que não conseguem ver suas lágrimas silenciosas e não atendem aos seus apelos de cortar o coração; eles constituem uma raça de pessoas indiferentes, adormecidas e com medo, uma matilha de cães mudos, de quem o Papa Clemente XII, disse: “Se nos deixarmos abalar pela audácia dos malfeitores, então a força episcopal chegou a um fim; a autoridade sublime e divina da Igreja não existe mais; então é inútil nos considerarmos Cristãos se caímos tão baixo a ponto de tremer diante das ameaças das armadilhas dos malfeitores.”
Ansioso para não ser indiferente nem adormecido, nem de novo um cão mudo na Igreja militante, mas ao contrário, mesmo que de longe, ligado aos cães do Senhor, o "Dominicani" de quem no século 13 falava Joana d'Aza, mãe de São Domingos, na época da luta da Igreja contra os Albigenses; também para não ser contado entre os covardes que fogem do campo de batalha e que, quando em 1870 os alemães invadiram a França, Santa Bernadette disse: "Eu temo apenas os maus Cristãos," é por tal razão que fundei a Revue Internationale des Sociètes Secrètes. Eu, hoje, também quero agradecer a todos os companheiros que nesta luta, tanto no trabalho como na oração, se aliaram ao meu humilde mas perseverante esforço.
Mons. Ernest Jouin, Papado e Maçonaria, Discurso em 8 de dezembro de 1930
Publicado em 22 de outubro de 2022
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