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O Grande Milagre de Nossa Senhora de Czestochowa

Hugh O'Reilly
Nossa Senhora de Czestochowa é um dos maiores santuários marianos da Polônia e o maior tesouro da cidade de Jasna Gora. A tradição conta que São Lucas Evangelista pintou o Ícone no verso da mesa usada pela Sagrada Família em Nazaré. Muitos milagres foram realizados através dos tempos pela Virgem de Czestochowa e o que se segue é um dos maiores e mais maravilhosos.

Em 1540, em Lublin, na Polônia, um açougueiro chamado Marcin Lanio foi à cidade comprar algumas coisas. Sua esposa Malgorzata ficou em casa para assar pão e cuidar de seus dois filhos pequenos, Poitrus, de 4 anos, e Kazimierz, de 2 anos.

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Fazendo pão para a família no grande forno externo

Acontece que Malgorzata ficou sem fermento e foi pedir emprestado ao vizinho, deixando os dois filhos sozinhos em casa.

Poitrus, o mais velho dos dois, que muitas vezes observava os açougueiros abaterem o gado durante o ano, decidiu imitá-los nas brincadeiras. Sem perceber as consequências de tal ação, Poitrus pegou uma faca afiada e cortou a garganta de seu irmão, que dormia pacificamente em um berço próximo.

Vendo o fluxo de sangue, ele percebeu que algo ruim havia acontecido. Temendo o castigo da mãe, o menino se escondeu no grande forno da padaria deixado aberto pela mãe.

Logo a mãe voltou para a casa tranquila. Sem suspeitar de nada, ela acendeu uma lenha no forno preparado e continuou a assar.

De repente, seu sangue congelou em suas veias ao ouvir os gritos agonizantes de seu filho Poitrus vindo do forno. Ela correu para tirá-lo, mas o menino já estava morto, sufocado na câmara cheia de fumaça. Só então ela notou seu pequeno Kazio morto no berço manchado de sangue.

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A imagem milagrosa de Nossa Senhora de Jasna Gora

Tudo isso foi demais para a pobre mulher, e ela enlouqueceu, batendo a cabeça na parede, arrancando os cabelos e rasgando as roupas.

Quando seu marido Marcin voltou para casa, viu a cena terrível. Ao ver sua esposa demente, ele acreditou que ela havia matado seus filhos. Numa fúria descontrolada, ele pegou um machado e esmagou o crânio dela com um único golpe.

Quando ele percebeu o que tinha feito, um terrível medo e remorso tomou conta dele. Sua mente, porém, foi iluminada por um súbito impulso celestial. Em vez de se desesperar e tirar a própria vida, depositou toda a sua fé e confiança em Nossa Senhora de Czestochowa, a quem tinha grande devoção. Ele implorou que ela não o abandonasse em seu momento crítico.

A essa altura, muitos de seus vizinhos já haviam se reunido no local da tragédia. Estupefatos eles assistiram. Marcin Lanio, sem dizer uma palavra, coloca os três cadáveres numa carroça, faz o Sinal da Cruz e dirige os cavalos em direção ao Santuário de Czestochowa.

Em silêncio, Marcin percorreu as estradas estreitas, seguido por um grande número de pessoas céticas, cujo número aumentava à medida que se aproximava do Santuário. Marcin não prestou atenção a eles, porque sua mente e seu coração estavam voltados para a Santíssima Mãe de Deus.

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Beato Stanislaw Oporowski, conhecido por sua devoção a Nossa Senhora e milagres

Quando Marcin finalmente chegou ao Santuário, alguns dos espectadores ajudaram a carregar os cadáveres para a igreja. Ele próprio não entrou, faltando-lhe força e coragem. Em vez disso, prostrou-se diante da porta principal, beijando os pés das pessoas que entravam e implorando-lhes que rezassem a Nossa Senhora pela sua família diante do trono da Virgem Milagrosa.

Lá dentro, o Beato Stanislaw Oporowski, um sacerdote devoto, conduzia a Bênção do Santíssimo Sacramento. O retrato da Madona Negra, bem acima do altar-mor, brilhava com esplendor celestial. Em lágrimas, o Beato Estanislau e todo o povo rezaram e imploraram a intercessão de Nossa Senhora pelo pobre açougueiro e sua família.

Como o Magnificat foi entoado, um ar sobrenatural penetrou na capela. Ao ouvir as palavras: “Porque aquele que é poderoso me fez grandes coisas, e santo é o seu nome,” um choque de estupefação tomou conta da congregação. Os três cadáveres sem vida ganharam vida e levantaram-se lentamente de seus lugares.

Por um momento houve um grande e profundo silêncio. Depois todos se juntaram espontaneamente num hino de ação de graças a Nossa Senhora. Logo a fama deste milagre tornou-se mundialmente conhecida, e o próprio Imperador ordenou que fosse feita uma cópia deste retrato milagroso e colocada na Catedral de Viena.

Agora, que nenhum protestante ou herege recuse esta verdade deste milagre, pois se o fizerem, terão de enfrentar Deus e Nossa Senhora neste assunto, e eu não gostaria de estar no lugar deles.


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Adaptado de Santos Que Ressucitaram os Mortos
do Father Albert J. Hebert, TAN, 1986, NO. 24
Postado em 11 de novembro de 2023


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