Os católicos devem
venerar as relíquias dos Santos
Os católicos do passado consideravam as relíquias sagradas como a sua maior riqueza, o tesouro das suas igrejas nas suas aldeias ou cidades. A presença das relíquias dos Santos foi uma fonte de milagres para o povo, um terror para as legiões do Inferno, um freio aos exércitos hostis.
Assim, as relíquias serviram para proteger a moral, fomentar a fé e encorajar a oração. A sua própria presença atraiu tantas multidões como as que agora afluem aos nossos centros de alegria.
Infelizmente, os hereges do século 16 profanaram os túmulos dos Santos, ridicularizando e até destruindo as suas relíquias. Em resposta a estes deformadores, erroneamente denominados “reformadores,” o Concílio de Trento e o seu Catecismo Romano expressam o testemunho unânime da Tradição, expondo as razões teológicas da honra prestada pela Igreja às relíquias dos Santos:
O Concílio de Trento
“O santo Sínodo ordena a todos os bispos e outros que sustentam o ofício e o encargo de ensinar que… instruam os fiéis diligentemente sobre a intercessão e invocação dos santos; a honra prestada às relíquias; e o uso legítimo de imagens. Ensinem aos fiéis que, visto que os santos reinam juntamente com Cristo e oferecem as suas próprias orações a Deus pelos homens, é bom e útil invocá-los suplicantemente e recorrer às suas orações, auxílios e ajudas para obter benefícios de Deus, através de Seu Filho, Jesus Cristo Nosso Senhor, Nosso Redentor e Salvador.
Eles pensam impiamente, aqueles que negam isso (…) que os corpos santos dos santos mártires e de outros que agora vivem com Cristo - cujos corpos eram os membros vivos de Cristo e o templo do Espírito Santo, e que por Ele devem ser ressuscitados para a vida eterna e ser glorificado – devem ser venerados pelos fiéis. Pois através desses corpos muitos benefícios são concedidos por Deus aos homens.
Para que aqueles que afirmam que a veneração e a honra não são devidas às relíquias dos Santos … sejam inutilmente honrados pelos fiéis; e que os lugares dedicados à memória dos Santos são em vão visitados com vista a obter a sua ajuda; estes todos; devem ser totalmente condenados, como a Igreja já os condenou há muito tempo e agora também os condena.
O Catecismo Romano
De tudo isto podemos concluir que honrar os Santos que dormiram no Senhor, invocá-los, e venerar as suas sagradas relíquias e cinzas, longe de diminuir, tende a aumentar consideravelmente a glória de Deus, na medida em que a esperança do homem é assim animado e fortificado, e ele mesmo encorajou a imitar os Santos.
Esta é uma prática que é apoiada também pela autoridade do Segundo Concílio de Nicéia, dos Concílios de Gangra e de Trento, e pelo testemunho dos Padres.
Para, porém, que o pastor possa estar melhor preparado para enfrentar as objeções daqueles que negam esta doutrina, ele deve consultar particularmente São Jerônimo contra Vigilâncio e São Damasceno. Ao ensinamento destes Padres deve ser acrescentado como consideração de primordial importância que a prática foi recebida dos Apóstolos e sempre foi mantida e preservada na Igreja de Deus. ...
Uma reivindicação mais forte que os Santos devem ser honrados e invocados é que eles orem constantemente por nossa salvação e obtenham para nós por seus méritos e influência muitas bênçãos de Deus. Se há alegria no Céu pela conversão de um pecador, os cidadãos do Céu não ajudarão aqueles que se arrependem? Quando forem invocados, não nos obterão o perdão dos pecados e a graça de Deus?
A honra e a invocação dos Santos são confirmadas por milagres
Mas quem não estaria convencido da honra devida aos Santos e da ajuda que eles nos dão pelas maravilhas realizadas em seus túmulos? Olhos, mãos e outros membros doentes são restaurados à saúde; os mortos ressuscitam e os demônios são expulsos dos corpos dos homens! Estes são fatos que Santo Ambrósio e Santo Agostinho, testemunhas mais irrepreensíveis, declaram em seus escritos, não que tenham ouvido, como muitos fizeram, nem que tenham lido, como fizeram os homens - homens muito confiáveis, mas que viram.
Mas por que multiplicar as provas? Se as roupas, os lenços e até as próprias sombras dos santos, enquanto ainda estavam na terra, baniram as doenças e restauraram a saúde, quem terá a coragem de negar que Deus ainda pode operar as mesmas maravilhas pelas cinzas sagradas, pelos ossos e outras relíquias dos santos?
Disto temos uma prova na restauração à vida do cadáver que foi acidentalmente deixado no túmulo de Eliseu, e que, ao tocar o corpo (do Profeta), foi instantaneamente restaurado à vida.
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