Virtudes Católicas
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Um convite para amar a Santa Cruz de
Nosso Senhor Jesus Cristo
No tempo da Quaresma e Semana Santa, esta breve meditação do Prof. Plinio deve nos lembrar do grande e supremo valor da Santa Cruz, uma verdade que devemos manter constantemente diante de nossos olhos.

Senhor das Três Quedas – Igreja de San Isidoro – Sevilha
No entanto, não imaginemos que esse esforço para aliviar nosso sofrimento foi o maior benefício que Ele concedeu aos homens nesta vida terrena.
Aqueles que fecham os olhos para o fato central de que Ele é nosso Redentor e que Ele quis sofrer as dores mais cruéis para nos redimir não entendem a missão de Cristo entre os homens.
Mesmo no auge de Sua Paixão, por um mero ato de Sua Divina Vontade, Nosso Senhor poderia ter feito cessar instantaneamente todas essas dores. Do primeiro momento de Sua Paixão ao último, Ele poderia ter ordenado que Suas feridas fossem curadas, Seu precioso Sangue parasse de correr, os golpes que Ele recebeu não deixassem cicatrizes em Seu divino Corpo e, finalmente, uma vitória brilhante e alegre para interromper abruptamente a perseguição que O estava arrastando para aquela morte cruel.
Não obstante, Ele não desejava fazer isso. Ao contrário, Ele queria ser arrastado pela Via Dolorosa até o topo do Gólgota; Ele queria ver Sua Santíssima Mãe entregue às profundezas do sofrimento; finalmente, Ele queria bradar, para que os homens O ouvissem até o fim dos tempos dizendo estas palavras penetrantes: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mt 27,46).
Destes fatos entendemos que, ao nos dar a graça de sermos chamados para que cada um de nós sofra com Ele uma porção de Sua Paixão, Ele deixou claro o papel incomparável da Cruz na vida dos homens, na História do mundo e em sua glorificação.

Sem entender a Cruz, sem amar a Cruz, sem que cada um de nós tenha passado por sua própria via crucis, não teremos cumprido os desígnios da Providência para nós. Então, quando morrermos, não poderemos ecoar aquela exclamação sublime de São Paulo: "Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Não me resta nada, senão esperar a coroa da justiça que me está reservada, a qual o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia" (2 Tim 4,7-8).
Qualquer qualidade, por mais notável que seja, de nada servirá se essa alma não tiver como fundamento o amor à Santa Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Com esse amor à Cruz, tudo conseguiremos, mesmo que estejamos sobrecarregados pelo fardo sagrado da pureza e da prática das outras virtudes, pelos ataques e escárnios incessantes dos inimigos da Fé e pelas traições dos falsos amigos.
O grande fundamento, o maior fundamento da Civilização Cristã é este: que todos os homens são chamados a exercer generosamente o amor à Santa Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Estas são reflexões extremamente oportunas para o tempo da Quaresma. Que Maria nos ajude a ter este amor para que reconquistemos para seu Divino Filho o Reino de Deus, que é tão fraco e vacilante nos corações dos homens de hoje.


Postado em 14 de abril de 2024