Ambientes e Tendências
Retidão natural e satanismo
nas civilizações pagãs
Não se deve confundir certa retidão natural existente em culturas gentílicas elaboradas antes da evangelização, com o caráter diabólico que infesta as manifestações culturais do neopaganismo hodierno. É que os frutos da natureza decaída podem ter algo de nobre e belo: é o que se nota entre os gentios.
Ao passo que a apostasia da verdadeira Fé tem uma malícia muito maior que a dos povos que não conheceram Jesus Cristo. E não é de admirar que, na medida em que uma sociedade que foi católica se vá transformando em Cidade do demônio, na mesma medida o demônio lhe vá influenciando a arte e a cultura.
Não queremos com isto afirmar a inteira ausência do demônio em relação ao mundo gentílico. Antes pelo contrário. Mas sua influência sobre esse mundo se patenteou sempre de algum modo circunscrita e, se se manifestou com frequência na arte e na cultura, todavia não chegou a dominá-las.
Frisante exemplo disto está no contraste entre as duas fotografias desta página.
A primeira nos apresenta duas japonesinhas no encanto e na inocência de sua tenra idade. Seus trajes são recatadíssimos, e constituem vigorosa lição para os nudistas neopagãos das praias do Ocidente. Os coloridos variados têm um que de poético, completado pelos ornatos da cabeça. Tudo muito regional, muito peculiar, muito artístico, muito digno e criterioso.
*
Pelo contrário, este monstro em cuja máscara se instalaram todos os vícios, a ira, a lubricidade, o descomedimento, a insensatez, parece bem digno de participar num culto diabólico: é um dos figurantes de danças budistas no Tibet.
O demônio penetrou no budismo: isto é certo. Mas quem poderia afirmar que ele dominou toda a cultura pagã do Japão, vendo os trajes destas encantadoras crianças, que é impossível ver sem ter uma imensa vontade de as batizar?
Catolicismo n. 64, de abril de 1956
Postado em 17 de junho de 2024
Ao passo que a apostasia da verdadeira Fé tem uma malícia muito maior que a dos povos que não conheceram Jesus Cristo. E não é de admirar que, na medida em que uma sociedade que foi católica se vá transformando em Cidade do demônio, na mesma medida o demônio lhe vá influenciando a arte e a cultura.
Não queremos com isto afirmar a inteira ausência do demônio em relação ao mundo gentílico. Antes pelo contrário. Mas sua influência sobre esse mundo se patenteou sempre de algum modo circunscrita e, se se manifestou com frequência na arte e na cultura, todavia não chegou a dominá-las.
Frisante exemplo disto está no contraste entre as duas fotografias desta página.
A primeira nos apresenta duas japonesinhas no encanto e na inocência de sua tenra idade. Seus trajes são recatadíssimos, e constituem vigorosa lição para os nudistas neopagãos das praias do Ocidente. Os coloridos variados têm um que de poético, completado pelos ornatos da cabeça. Tudo muito regional, muito peculiar, muito artístico, muito digno e criterioso.
Pelo contrário, este monstro em cuja máscara se instalaram todos os vícios, a ira, a lubricidade, o descomedimento, a insensatez, parece bem digno de participar num culto diabólico: é um dos figurantes de danças budistas no Tibet.
O demônio penetrou no budismo: isto é certo. Mas quem poderia afirmar que ele dominou toda a cultura pagã do Japão, vendo os trajes destas encantadoras crianças, que é impossível ver sem ter uma imensa vontade de as batizar?
Catolicismo n. 64, de abril de 1956
Postado em 17 de junho de 2024
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