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O flagelo da propaganda sexual
contra o Matrimônio
Na esteira da adaptação da Igreja Conciliar ao Mundo Moderno, a revolução sexual atingiu extremos nos ambientes católicos que ninguém poderia imaginar alguns anos atrás. De fato, temos visto todo tipo de imoralidade e práticas antinaturais encorajadas na vida matrimonial sob o pretexto de que são permitidas pela Teologia do Corpo de João Paulo II.

Hoje a TIA começa a divulgar uma série de ensinamentos da Igreja que condena radicalmente essa propaganda perversa. Eles pretendem renovar entre os católicos o respeito pela santidade do casamento e dar-lhes os argumentos para acabar com essas práticas anti-naturais.

O texto abaixo do Papa Pio XII é especificamente voltado para a condenação de livros e artigos sobre iniciação sexual que assumem o nome de católicos. Os princípios que ele estabelece, no entanto, são diretamente aplicáveis às práticas anti-naturais que estão sendo espalhadas por toda parte.
Pio XII

Há outro campo em que essa formação da opinião pública, e sua retificação, se impõe com trágica urgência. Neste campo, a opinião pública viu-se pervertida por uma propaganda que não hesitamos em chamar de má, mesmo que às vezes venha de fontes católicas e vise agir sobre os católicos – mesmo quando aqueles que a promovem não parecem conscientes de que estão iludido pelo espírito do mal.

Queremos falar aqui de escritos, livros e artigos sobre a iniciação sexual, que hoje fazem enorme sucesso nas livrarias e inundam o mundo inteiro, invadindo a infância, submergindo a nova geração, perturbando os noivos e os jovens recém-casados. …

Espantamo-nos perante o intolerável descaramento de tal literatura: e enquanto o próprio paganismo parecia deter-se respeitosamente perante o segredo da intimidade conjugal, [esta literatura] quer obrigar-nos a ver este mistério violado e a ter a sua visão – sensual e degradada – oferecido como refeição ao grande público e até mesmo à juventude.

Na verdade, poder-se-ia perguntar se há uma fronteira suficientemente marcada entre essa iniciação, que se diz católica, e a imprensa erótica e obscena com suas ilustrações, que tem o propósito deliberado de corromper ou explorar descaradamente, por interesse vil, os instintos mais baixos da natureza decaída.

TIsso não é tudo. Esta propaganda também ameaça os católicos com um duplo flagelo, para não usar expressão mais forte.

Primeiro, exagera além da medida a importância e o significado do elemento sexual na vida. Admitimos que, do ponto de vista estritamente teórico, esses autores ainda se mantêm dentro dos limites da moral católica. Mas não menos verdade que sua maneira de expor a vida sexual é tal que adquire na mente e no julgamento prático do leitor médio o sentido e o valor de um fim em si mesmo. Tal forma de apresentação leva-o a perder de vista o verdadeiro fim primordial do casamento, que é a procriação e a formação da prole, e o grave dever dos esposos face a esse fim, que os escritos que mencionamos deixam muito nas sombras.

Segundo, esta literatura, se é que merece tal título, parece não ter em conta a experiência geral de ontem, de hoje e de sempre – uma vez que se baseia na própria natureza – que atesta que na formação moral nem a iniciação nem a instrução apresentam qualquer vantagem – ao contrário, é gravemente insalubre e prejudicial – se não estiver fortemente unida a uma disciplina constante, a um vigoroso domínio de si e, sobretudo, ao uso das forças sobrenaturais da oração e dos Sacramentos. Todos os educadores católicos dignos desse nome e de sua missão têm plena consciência do papel preponderante das forças sobrenaturais na santificação do homem, seja ele jovem ou adulto, solteiro ou casado.

Mas nesses escritos, dificilmente uma palavra é dita sobre essas coisas, se todo o assunto não for passado em absoluto silêncio. Os próprios princípios tão sabiamente revelados pelo nosso predecessor Pio XI na Encíclica Divini illius Magistri sobre a educação sexual e temas relacionados, são – um triste sinal dos tempos! – dispensou com um gesto de prestidigitação e um sorriso: Pio XI, diz-se, escreveu estas coisas há 20 anos para o seu próprio tempo. Desde então, percorremos um longo caminho!

Pais de família aqui presentes: existem muitos outros pais de família cristãos como vocês ao redor do mundo em outros países que têm os mesmos sentimentos. Una forças com eles – sob a direção de seus Bispos, entende-se. Chamamos todas as mulheres e mães católicas a dar seu forte apoio para combater juntas, sem medo e sem respeito humano, e quebrar e parar essas campanhas, não importa sob que nome ou proteção estejam mascaradas e autorizadas.


Alocução do Papa Pio XII em 18 de setembro de 1951
a um grupo de pais de família franceses em Castelgandolfo
Postado em 15 de abril de 2023


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