Livros e mídia contra o Matrimônio
são emissários do demônio
Hoje continuamos com a
série sobre o matrimônio que traz aos nossos leitores argumentos e documentos pontifícios apontando os principais flagelos modernos contra este Sacramento.
Em sua Encíclica Casti connubii, Pio XI apresenta uma visão geral dos ataques contra o matrimônio feitos por livros, filmes, rádio e outras mídias, e os chama de emissários do Grande Inimigo, que não é outro senão o demônio.
Embora a Internet e as recentes plataformas de mídia social não existissem quando o Papa Pio XI escreveu esta encíclica, certamente deveriam ser consideradas como incluídas nessas censuras porque estão repletas de materiais condenados pelo Papa.
Pio XI
Considerando, Veneráveis Irmãos, tamanha excelência das castas núpcias, mais doloroso Nos parece ver como esta divina instituição, especialmente nos nossos tempos, é tantas vezes e com tanta facilidade desprezada e vilipendiada.
É um fato , em verdade, que não já em segredo, nas trevas, mas abertamente, posto de parte todo o sentido do pudor, quer oralmente, quer por escrito, pelas representações teatrais de todos os gêneros, pelos romances, pelas novelas e leituras amenas, pelas projeções cinematográficas, pelos discursos radiofônicos, enfim, por todas as descobertas mais recentes da ciência, se calca aos pés e se ridiculariza a santidade do matrimônio; ao passo que ou se louvam os divórcios, os adultérios e os vícios mais ignominiosos, ou pelo menos se pintam com tais cores, que parecem querer mostrá-los como isentos de qualquer mácula e infâmia. E não faltam livros que para tal se apresentam como científicos, mas que na realidade o mais das vezes não têm de ciências senão umas tinturas, com o fim de se poderem mais facilmente insinuar nos espíritos.
E as doutrinas neles defendidas preconizam-se como maravilhas do espírito moderno, isto é, daquele espírito que se vangloria de amar só a verdade, de se ter emancipado de todos os velhos preconceitos, no número dos quais inclui e relega a tradicional doutrina cristã do matrimônio.
E até se fazem penetrar tais máximas entre todas as condições de pessoas, ricos e pobres, operários e patrões, letrados e ignorantes, solteiros e casados, crentes e descrentes, adultos e jovens; e particularmente a estes últimos, como à presa mais fácil, se lançam os laços mais perigosos.
É certo que nem todos os fautores dessas novas máximas se deixam arrastar a todas as últimas conseqüências da sensualidade desenfreada; alguns deles, esforçando-se por deter-se a meio caminho, queriam fazer algumas concessões aos nossos tempos, mas só quanto a alguns preceitos da lei divina e natural. Estes, porém, não passam de mandatários mais ou menos conscientes daquele nosso inimigo que sempre se esforça por semear a cizânia no meio do trigo. (Mt 13,25)
É por isso que nós, a quem o Pai de família colocou como guarda do seu campo, e que temos o sacrossanto dever de vigiar que a boa semente não seja sufocada pelas ervas más, julgamos que nos são dirigidas aquelas gravíssimas palavras com que o Apóstolo Paulo exortava seu querido Timóteo: “Mas tu vigia… cumpre o teu ministério… prega a palavra, insiste oportuna a importunamente, repreende, suplica, exorta com toda a paciência e doutrina.” (2Tim 4, 2-5)
Papa Pio XI, Encíclica Casti connubii, 31 de dezembro de 1930, §§ 44-47
Postado em 17 de junho de 2023
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